Medicina Nuclear no Diagnóstico de Infarto. – Por *Dr. Aurélio Pacheco Costa Filho CRM-SC 5182 Cardiologia RQE 1919 Medicina Nuclear RQE 2152

O uso da Medicina Nuclear no diagnóstico de infarto do miocárdio vem crescendo em razão das vantagens que proporciona aos pacientes e às instituições de Saúde. Afinal, todos os anos, cerca de 200 mil brasileiros são vítimas de infarto, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Entre as mais temidas doenças do coração, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é caracterizado pela interrupção súbita e intensa do fluxo sanguíneo coronariano. E resulta na morte parcial ou total do músculo cardíaco (miocárdio). A causa mais comum da obstrução é a ruptura de uma placa de gordura em artéria coronária, que resulta na formação de coágulo sanguíneo.

Embora o infarto do miocárdio possa ocorrer sem sintomas, em 80% dos casos ele vem acompanhado de forte dor no peito. Sinais semelhantes a outros distúrbios. Tais como sudorese excessiva, palidez, agitação, tontura, desmaio, ansiedade ou até sensação de morte iminente podem surgir, tornando, muitas vezes, o diagnóstico clínico impreciso. A realização de exames como eletrocardiograma, laboratoriais e de imagem faz-se necessária para confirmação e maior rapidez no diagnóstico. Mas podem não ser conclusivos. Por isso, a aplicação dos exames da Medicina Nuclear no diagnóstico de infarto do miocárdio vem sendo cada vez mais presente.

Medicina Nuclear e Diagnóstico Conclusivo

Com o objetivo de determinar a conduta mais adequada em casos de suspeita de infarto agudo do miocárdio nas salas de emergência, vários estudos têm demonstrado que a cintilografia de perfusão miocárdica normal, na vigência do quadro agudo, é capaz de afastar com segurança o diagnóstico. Com valor preditivo negativo > 97%. A técnica nuclear se utiliza de pequenas doses de radiofármaco. Como o 99mTc-MIBI – para avaliar o fluxo sanguíneo pelas artérias coronárias, através da sua distribuição no músculo cardíaco.

Eletrocardiograma e Dosagem Seriada de Enzimas

Exames como o eletrocardiograma e a dosagem seriada de enzimas cardíacas no sangue desempenham papel fundamental no atendimento da dor torácica emergencial. Porém, nem sempre rapidamente conclusivos. Há casos em que o eletrocardiograma inicial pode ser normal e as enzimas cardíacas demorarem algumas horas para que se detecte sua elevação no sangue (curva enzimática).

Redução de internações desnecessárias

O uso do método nuclear, como estratégia de conduta em episódios de dor torácica na sala de emergência, pode excluir com segurança a presença de infarto do miocárdio. Auxilia, assim, a reduzir internações desnecessárias e a melhorar a efetividade no processo de triagem na sala de emergência. Beneficiam-se, assim, pacientes e instituições de Saúde.

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Equipe Seu Cardio
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