O Cirurgião Cardiovascular Sergio Lima de Almeida – CRM-SC 4370 RQE 5893, chefe do Serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis, expõe as novidades no tratamento humanizado das doenças do coração, em artigo publicado pelo Notícias do Dia. Confira:

tratamento-humanizado-noticiaNas últimas três décadas, têm-se registrado importantes mudanças e processos extraordinários no campo da cirurgia cardíaca. A possibilidade de diagnósticos mais complexos e precisos, além do desenvolvimento de técnicas cada vez mais seguras e da Anestesiologia, são fatores que contribuem para o avanço na área. Entretanto, a cirurgia cardíaca continua sendo considerada como um momento de crise para o paciente. A reação de qualquer pessoa, quando sabe que vai ser operada, vai do receio ao pavor, porque ela se depara com a situação de risco com hora marcada. Porém, deve-se salientar que o risco da doença é diário e o maior critério de comparação com o risco cirúrgico deve ser o risco da doença.

Hoje a mortalidade em cirurgia de revascularização do miocárdio é muito baixa. Globalmente, o risco de morte em uma cirurgia de coronária está entre 1,5% a 1,8%. Isso se deve principalmente a uma integração entre o serviço de cirurgia, de clínica, de UTI e de hemodinâmica.Com essa forma de trabalho, se tem uma melhor indicação para o tipo de tratamento mais adequado. É dentro desta linha que trabalhamos no hospital SOS Cárdio, em Florianópolis, onde obtemos resultados excelentes. É preciso desmistificar os riscos da cirurgia cardíaca. Não é por ser no coração que o risco se torna maior. Porém, como o procedimento mexe com o órgão do sentimento das pessoas, há um fator psicológico que precisa ser trabalhado. Quando o tratamento cirúrgico se faz necessário, as reações psicológicas do paciente são exacerbadas, pois terá que enfrentar o desconhecido e se sente muito próximo da finitude, o que também gera medo e insegurança.

Neste contexto, o tratamento multidisciplinar influencia diretamente no resultado da cirurgia. Ter uma equipe de enfermagem, fisioterapia, psicologia, enfim, uma equipe toda integrada e voltada para a humanização do atendimento influencia diretamente no resultado cirúrgico final. Tudo isso sempre tendo como princípio que não se opera um coração, mas sim uma pessoa que tem um coração e que precisa ser vista como um todo. E o lado psicológico dá o ânimo necessário para o paciente se recuperar. Isso diminui a dor, diminui o risco de infecção e torna menor o tempo de internação.

Fonte: Notícias do Dia, 10 de Fevereiro de 2017.

Para saber quais são as principais orientações sobre cirurgias cardíacas, faça o download da nossa cartilha Pré e Pós-Operatório da Cirurgia Cardíaca:

boas notícias para o coração

Equipe Seu Cardio
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