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Cicatrização pós-cirúrgica: aplicação de terapia à vácuo

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Embora a cirurgia do coração esteja bastante desmistificada, muitas pessoas ainda têm um certo receio em relação à recuperação deste tipo de procedimento. Por isso, é fundamental a orientação aos pacientes sobre a cirurgia cardíaca e também sobre os cuidados com a cicatrização.

A cirurgia cardíaca tem baixos índices de complicações. Quando ocorrem, estão relacionadas, na maioria das vezes, à cicatrização das feridas pós-operatórias. Assim, os cuidados após o procedimento e a utilização de curativos de última geração tem papel fundamental na boa recuperação das feridas cirúrgicas.

Existem várias opções de fechamento de uma ferida. A mais comum, é a cicatrização de “primeira intenção”, com aproximação das margens e fechamento da ferida operatória. Já na “segunda intenção”, a ferida é deixada parcialmente aberta e a cicatrização ocorre pela formação do tecido de granulação e epitelização. Na “terceira intenção”, a ferida é deixada aberta por curto período de tempo e, na sequência, as margens são aproximadas e suturadas. Logicamente, o ideal é sempre fechar por primeira intenção.

Fatores de risco de infecção no pós-operatório

 

Apesar de pequeno, o risco de infecção existe. Alguns fatores colaboram para o risco de infecção após uma cirurgia cardíaca, como a reoperação por sangramento agudo no pós-operatório imediato, a obesidade (pela presença de grande tecido adiposo), o tabagismo de longa data associado à DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), o diabetes (por alteração na microcirculação e cicatrização), citando alguns exemplos.

Cicatrização: tratamento e curativos

 

Diante de uma pessoa que tem a ferida operatória com sinais de infecção, o tratamento consiste na coleta de material para laboratório e antibióticos – em caso de necessidade. Os curativos são realizados diariamente para a limpeza da ferida até a completa cicatrização.

Atualmente, existe uma gama de produtos destinados ao tratamento das feridas operatórias visando a rápida recuperação do paciente. Entre eles, podemos citar a terapia de pressão negativa (terapia a vácuo). Essa técnica vem se mostrando eficiente no tratamento de complicações do esterno e da safena.

A terapia de pressão negativa consiste na utilização de “esponja” que contém sais de prata colocada em cima da ferida, através de técnica asséptica, envolvida por um plástico adesivo e ligada a uma máquina de sucção, responsável pela pressão negativa. Esse mecanismo acelera o processo de cicatrização pelo aumento do fluxo sanguíneo, diminuição de edema, drenagem de secreção e estimulação do tecido de granulação.

Estudos mostram que o curativo com a terapia de pressão negativa ajuda a diminuir a morbidade, a mortalidade e tempo de internação. Representa, assim, um grande benefício para os pacientes. Além disso, a relação custo x benefício para o hospital é muito boa, pela maior rapidez na recuperação. Outra vantagem desta terapia é que facilita o tratamento fisioterápico de seguimento.

A terapia de pressão negativa não se aplica apenas às feridas pós-operatórias. Essa técnica pode ser usada para diversos tipos de feridas. Entre elas, podemos citar: úlceras de pressão (escaras), úlceras vasculares e diabéticas, queimaduras e aumento de fixação de enxertos de pele, dentre outras aplicações.

Material Gratuito: Terapia à Vácuo em Mediastinite

 

 

A Dra. Marli Annes (CRM-SC 19084), cirurgiã cardiovascular da equipe Seu Cardio, preparou um passo a passo sobre a realização do procedimento de terapia à vácuo na cicatrização em casos de Mediastinite. O material é gratuito e dirigido a profissionais da área da Saúde. 

 

Se você tiver alguma dúvida ou quiser compartilhar a sua experiência, escreva nos comentários!

 

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