Ícone do site Seu Cardio

Trombofilia: diagnóstico e tratamento

Apesar de não ser considerada uma doença e sim um estado de hipercoagulabilidade, a Trombofilia é uma condição que favorece a formação de trombos (coágulos) venosos. A Trombofilia provoca uma falha nos mecanismo de controle da coagulação do sangue, favorecendo a formação anormal de coágulos. Confira o artigo completo escrito pelo Dr. Guilherme Genovez (CRM-SC 3798 RQE 8599), Hematologista com forte atuação e projeção em Santa Catarina.

Essas reações ativam uma proteína chamada fibrinogênio em fibrina, o principal componente do coágulo. Em grande quantidade, junto com as plaquetas, ela irá obstruir a lesão (como formar uma rolha), evitando a perda excessiva de sangue. Após a lesão ser obstruída e a hemorragia ser estancada, outros mecanismo são ativados. Como anticoagulantes naturais, eles evitam a propagação da formação de coágulos que poderia levar à obstrução dos vasos (trombose).

Causas da Trombofilia

Alterações ligadas ao processo de controle da coagulação são as principais causas que levam ao quadro de Trombofilia.

Estas condições podem ser hereditárias ou adquiridas. No primeiro caso, estão ligadas a mutações nos genes que controlam a produção destes anticoagulantes, ou do seu sítio de ação, como o Fator V de Leiden, Protrombina. A mutação no Fator V de Leiden é encontrada em aproximadamente 5% da população branca. É também responsável por 20-30% dos eventos de tromboembolismo venoso, sendo raras na raça negra e índios. Outras alterações envolvem a produção de proteína C e S e antitrombina III, que são mais raras, mas prevalente em todas as raças.   

Quando é adquirida, a Trombofilia pode ser desencadeada por diversos fatores que aumentam a coagulação do sangue. Entre eles, estão:

Prevenção de Trombose

A trombose deve ser prevenida através de hábitos saudáveis, que mesmo as pessoas que não tem o diagnóstico de Trombofilia devem adotar.

Entre as orientações que auxiliam na prevenção de casos de trombose, estão:

Pessoas que apresentam trombose de repetição ou que surgem de maneira inexplicável podem ter indicação para o uso crônico de anticoagulantes. Dependendo do medicamento usado, poderão necessitar de controle laboratorial rigoroso e controle da ingesta de alimentos ricos em vitamina K. Há medicamentos novos que não necessitam tanto destes cuidados.

Estes pacientes são melhor acompanhados por profissional que conheça profundamente o mecanismo de ação destes medicamentos, suas interações com outros medicamentos e avaliação do risco benefício do seu uso.

*Dr. Guilherme Genovez (CRM-SC 3798 RQE 8599) é Hematologista com forte atuação e projeção em Santa Catarina. Atua no Centro de Hemoterapia e Hematologia de Santa Catarina (HEMOSC), no Hospital Governador Celso Ramos, no Hospital de Caridade Nosso Senhor dos Passos, é Assessor Médico do Laboratório Santa Luzia, Médico Hematologista do SOS Cárdio e Professor da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Leia também:

Somos Cirurgiões Cardiovasculares interessados na saúde e no bem-estar de nossos pacientes. Aqui no Blog procuramos levar conhecimento à comunidade, pois acreditamos que a informação auxilia na prevenção, na adesão ao tratamento e na tranquilidade dos pacientes e seus familiares.
Sair da versão mobile