Protocolo de Prevenção de Infecção Hospitalar em Cirurgia Cardíaca – *Por Enfa. Andreza Xavier (COREN-SC 96492) e Enf. Eder Santos Silva (COREN-SC 289425)
As cirurgias cardíacas apresentam baixo risco de infecção devido a localização do sítio cirúrgico. Porém, também demandam protocolos de Prevenção de Infecção Hospitalar para oferecer bem estar e segurança aos pacientes e profissionais.
A equipe Seu Cardio, responsável pela Cirurgia Cardiovascular do Hospital SOS Cárdio, atua de forma extremamente alinhada ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). Esse serviço tem como foco a prevenção de infecções em toda a instituição. Isso abrange a conscientização de funcionários, médicos e pacientes e normatização de práticas de controle e prevenção de infecção hospitalar.
Baixas Taxas de Infecção
Através da adoção de normas, protocolos de conduta, ações de prevenção e controle de micro-organismos, o SOS Cárdio possui baixas taxas de eventos infecciosos relacionados à assistência saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera como aceitáveis taxas de infecção hospitalar de até 5%. Nas cirurgias cardíacas realizadas pela equipe Seu Cardio, foram registradas taxas de 2,8% em 2015 e 2,3% em 2016. Índices bem menores do que os aceitos internacionalmente.
O excelente resultado é fruto de um trabalho contínuo de prevenção de infecção hospitalar. Nele, estão contempladas ações como acompanhamento e auditorias de processos internos para verificação da conformidade com as normas do SCIH. A vigilância do uso de antimicrobianos de uso restrito e os treinamentos contínuos dos profissionais do hospital também fazem parte.
Protocolo de Prevenção de Infecção Hospitalar
Para alcançar esse objetivo, o SOS Cárdio conta com a participação de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e demais profissionais, além da conscientização de pacientes e familiares. Entre as medidas eficazes disponíveis no Protocolo de Prevenção de Infecção Hospitalar estão ações contínuas de Treinamentos Multiprofissionais. Eles reforçam a importância de práticas como higienização das mãos, acompanhamento nos curativos e o uso de todos os equipamentos de proteção para profissionais de saúde, bem como orientações fundamentais aos pacientes e seus visitantes.
Outros cuidados merecem destaque, como o monitoramento contínuo das taxas de infecção através da metodologia de vigilância e rastreabilidade da esterilização do material cirúrgico. A inspeção da limpeza e desinfecção do ambiente e dos equipamentos médico-hospitalares com o uso de produtos específicos para a área hospitalar é também fundamental.
Vale ressaltar que, embora a maioria das infecções hospitalares possa ser evitada, existem riscos inerentes ao perfil dos pacientes. Indivíduos que apresentam doenças associadas como diabetes, doenças imunossupressoras e lesões extensas de pele, são mais susceptíveis à infecções. Nesses casos, pesam bastante os cuidados pré e pós-operatórios, além da atenção rígida ao Protocolo de Prevenção de Infecção Hospitalar.
*Sobre os autores:
Enf. Andreza Xavier (COREN-SC 96492) é Coordenadora das Unidades Clínicas e membro da Comissão de Integridade da Pele, do Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis.
Enf. Éder Santos Silva (COREN-SC 289425) é Enfermeiro responsável pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, realizando ações com vistas à prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde, como auditorias internas e treinamentos. É também membro da Comissão de Integridade da Pele, do Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis.
Para saber sobre os cuidados Pré e Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca, confira a Cartilha de orientações aos pacientes que preparamos. É gratuita e está disponível para download: