No Brasil, um público de mais de 500 mil pessoas é portador de marcapasso. A cada ano, cerca de 50 mil novos dispositivos são implantados. E como é a vida do portador de marcapasso? Existem limitações? Pensando em esclarecer as dúvidas comuns sobre marcapasso e dispositivos afins, preparamos este post.
Como atua o Marcapasso
Os marcapassos cardíacos são aparelhos criados para o tratamento dos distúrbios de ritmo do coração. São dispositivos simples que emitem estímulos elétricos e fazem com que o coração mantenha o ritmo adequado, conforme explicamos na Cartilha de Orientações ao Paciente sobre Marcapasso.
Dependência Total do Marcapasso
Uma das questões que mais preocupam o portador de marcapasso é depender totalmente do aparelho. Em geral, o paciente torna-se dependente do aparelho devido à evolução da doença que demandou o implante. Depender do marcapasso não é sinônimo de maior gravidade. Também não significa que o paciente terá sua vida abreviada.
Ser dependente do marcapasso significa que o coração precisa do estímulo do marcapasso para bater. Isto não quer dizer que o portador do dispositivo está mais ou menos grave, do ponto de vista cardíaco.
Cuidados Regulares do Portador de Marcapasso
Apesar dos implantes serem cada vez mais comuns, poucos sabem o que um portador de marcapasso pode e o que não pode. Por isso, selecionamos as principais dúvidas sobre o uso do dispositivo e quando é realmente necessário cuidado:
- Telefone celular: o recomendado é usá-lo no ouvido do lado contrário de onde o marcapasso está implantado. A probabilidade de uma interferência do celular no marcapasso é mínima. Porém, os fabricantes adotam essa recomendação.
- Aeroportos e detectores de metais: a possibilidade de interferência sobre o aparelho também é mínima. No entanto, a recomendação é que, em lugares com detectores de metais, seja apresentada a carteira de identificação de portador de marcapasso. Evita-se assim eventual constrangimento por ser parado desnecessariamente.
- Prática de Atividade Física: a prática de exercício físico está relacionada à condição cardíaca do portador de marcapasso. Ou seja, independe do fato de possuir o dispositivo. Os aparelhos mais modernos, adequam a frequência cardíaca do paciente ao exercício realizado. Facilitam, assim, a prática de atividade física. Vale ressaltar que atividades que possam provocar trauma na região do marcapasso devem ser evitadas. Uma cotovelada durante uma partida de futebol, por exemplo, pode danificar o sistema do aparelho.
- Exame de Ressonância Magnética: os marcapassos mais modernos permitem a realização deste exame, mesmo no tórax. Porém, é fundamental que o paciente avalie antes com o seu médico se o modelo implantado (gerador e eletrodos) permite a realização da ressonância ou não. Nas próteses mais antigas, a contraindicação é absoluta.
Avaliação Periódica
Todo portador de marcapasso deve fazer acompanhamento periódico como o médico que realizou o implante. A periodicidade é determinada caso a caso. Geralmente, acontece em intervalos semestrais. Durante o acompanhamento, são avaliados os parâmetros do aparelho e realizados os ajustes necessários. Nas avaliações, é também monitorada a carga da bateria do dispositivo, sendo possível agendar sua troca de forma segura.
