Por Dr. Tarcis Sawaia El Messane – CRM-SC 9542 – Cardiologista Clínico do Hospital SOS Cárdio e do Instituto de Cardiologia de SC

A morte súbita é um termo em geral aplicado à morte repentina e que pode ser causada por algumas doenças. Neste post, vamos explicar o que é a morte súbita, suas principais causas e as ações que devem ser tomadas diante desse quadro.

O que é a morte súbita?

Chamamos de parada cardiorrespiratória quando o indivíduo apresenta uma perda súbita de consciência, secundária a um colapso hemodinâmico súbito, associada à ausência de respiração ou presença de respiração agônica (respiração profunda, difícil, entrecortada) e ausência de resposta aos estímulos. Quando este evento culmina em morte chamamos de morte súbita.

Infarto e Outras Causas de Morte Súbita

Não é por acaso que o infarto é relacionado à morte súbita. Afinal, a doença coronariana, que desencadeia o infarto, é responsável pela grande maioria das paradas cardíacas súbitas.

O infarto pode desencadear arritmias graves na sua fase aguda, como a taquicardia ventricular sem pulso e a fibrilação ventricular, que causam a parada cardiorrespiratória. Estas, se não tratadas imediatamente através da desfibrilação, culminam com a morte cardíaca súbita.

Em pessoas acima dos 35 anos, a doença coronariana é a principal causa de paradas cardíacas súbitas. Abaixo dessa faixa etária, existem outras doenças cardíacas que podem também desencadear arritmias graves e levar à morte súbita.

Às vezes, vemos na mídia notícias de atletas que sofrem o problema durante a prática do esporte. Entre as principais causas da morte súbita, além da doença coronariana, estão as cardiopatias estruturais, como a Cardiomiopatia Hipertrófica e a Displasia Arritmogênica do Ventrículo Direito. São doenças genéticas que alteram a estrutura da musculatura e da parte elétrica do coração.

Existem causas obstrutivas também, como a estenose aórtica e, ainda, as cardiopatias dilatadas. Essas doenças habitualmente atingem mais os idosos, mas podem acometer também pessoas mais jovens.

Muitas destas situações são assintomáticas por longos períodos, mas um exame clínico adequado e um simples eletrocardiograma já podem muitas vezes diagnosticar ou levantar a suspeita diagnóstica dessas enfermidades.

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