Para falarmos de insuficiência valvar, precisamos entender que as válvulas cardíacas funcionam como quatro portas. Localizadas entre as quatro câmaras do coração, elas devem permitir a passagem do sangue apenas no sentido correto da circulação – e se fechar para eventuais refluxos. 

“A insuficiência valvar acontece quando uma das quatro válvulas do coração torna-se incompetente na sua função de fechar, permitindo o refluxo de sangue. Esse refluxo, com o passar do tempo, pode levar à falência de bomba do coração”  – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893).

Efeitos Degenerativos

Caso não seja tratada, a insuficiência valvar tende a tornar-se cada vez mais grave. O problema, originado e, até certo ponto, localizado nas válvulas, pode ter impacto direto sobre a bomba cardíaca como um todo.

“A insuficiência valvar provoca uma perda gradual na força contrátil do coração. Isso faz com que a quantidade de sangue ejetado pelo órgão a cada batimento (fração de ejeção) seja cada vez menor, levando a um quadro clínico chamado de insuficiência cardíaca” –  Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893).

A insuficiência valvar pode provocar sintomas diversos, que variam de acordo com a válvula afetada. A manifestação mais comum da doença, no entanto, é o cansaço excessivo e a falta de ar.

Tratamento da Insuficiência Valvar

Os tratamentos para a insuficiência valvar podem envolver o reparo cirúrgico da válvula (plastia valvar) ou a substituição dessa estrutura por uma prótese valvar mecânica ou biológica – a exemplo das novas próteses com Tecnologia Resilia.

“Além de estarem posicionadas em regiões diferentes dentro do coração, as válvulas cardíacas possuem características particulares que exigem abordagens próprias”  – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893).

Válvula Mitral (localizada entre o átrio e o ventrículo esquerdos):

Hoje, existe uma grande variedade de técnicas que fazem com que o reparo cirúrgico, plastia da valva mitral, seja considerado o padrão ouro nos casos de insuficiência valvar mitral degenerativa – que cursa com insuficiência severa da valva mitral.

Válvula Aórtica (localizada entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta):

Apesar do contínuo desenvolvimento e da crescente popularidade, a plastia da válvula aórtica ainda se reserva a casos selecionados. Por isso, em geral, o tratamento mais indicado costuma ser a substituição da válvula original por uma prótese valvar mecânica ou biológica.

Válvula Tricúspide (localizada entre o átrio e ventrículo direito):

A disfunção da válvula tricúspide costuma estar relacionada à insuficiência decorrente da dilatação do coração. No geral, pacientes que apresentam doença valvar no lado esquerdo do coração (mitral ou aórtica) tendem a apresentar insuficiência valvar também no lado direito, na válvula tricúspide.

“A plastia da válvula tricúspide vem mostrando resultados muito bons a curto, médio e longo prazos. É cada vez mais comum a associação do tratamento das válvulas do lado esquerdo do coração (mitral e aórtica) à plastia da válvula tricúspide” –  Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893).

Válvula pulmonar (localizada entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar):

Trata-se de um tipo raro de insuficiência valvar, geralmente relacionado às cardiopatias congênitas. O tratamento costuma ser realizado ainda na infância.

Próteses Valvares Cardíacas

Dependendo das causas que levam à doença, a insuficiência valvar não pode ser tratada com a plastia das válvulas cardíacas. Esse, por exemplo, costuma ser o caso da doença reumática, que provoca uma retração muito grande das válvulas, impossibilitando a plastia. Nesses casos, a alternativa passa a ser o implante valvar, seja de próteses biológicas como de próteses mecânicas.

“A decisão sobre qual modelo de prótese deverá ser implantada leva em consideração a idade do paciente. Isso porque as próteses biológicas têm durabilidade menor em pacientes mais jovens. Outro ponto observado é a aceitação do paciente em tomar ou não a medicação anticoagulante oral – e da realização dos exames para controle de TAP – uma vez que essa é uma exigência para o implante das  próteses mecânicas” – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893).

Fique atento à insuficiência valvar. Converse com o seu cardiologista sobre o essa doença e informe-se sobre as possibilidades de tratamento. É importante que você entenda os prós e contras de cada conduta e avalie a melhor opção para você.

 

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Equipe Seu Cardio
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