De uma maneira geral, as pessoas que apresentam aneurisma da aorta são tratadas com a combinação de técnicas cirúrgicas que envolvem procedimentos endovasculares e/ou cirurgia, dependendo do local e da gravidade da doença. 

O aneurisma é a dilatação anormal de um vaso sanguíneo, causada pelo enfraquecimento de suas paredes, por doenças diversas. O aneurisma da aorta pode evoluir com complicações importantes e de alto risco para a vida.

Com o aprimoramento da cirurgia nos últimos anos, chegou-se à técnica endovascular, que é um procedimento menos invasivo, realizado dentro dos vasos sanguíneos. Atualmente, este tipo de abordagem está muito avançada. 

Como é o tratamento endovascular do aneurisma da aorta?

A partir de um pequeno acesso, é realizada uma navegação por dentro do vaso com guias (fios), que levam as mais variadas próteses até o ponto crítico da doença e toda sua extensão, de acordo com o diagnóstico de cada pessoa. O procedimento é feito por radioscopia, na sala de Hemodinâmica, com auxílio de métodos variados de imagem.

Quando é indicado o tratamento endovascular do aneurisma da aorta?

O tratamento endovascular do aneurisma da aorta é indicado para diversos tipos de problemas, desde os mais graves, como rupturas de aorta, até os casos mais periféricos. Pode ser realizado desde a raiz da aorta (válvula aórtica) até toda a periferia arterial. Hoje, podemos abordar desde a raiz do coração, tratando a aorta praticamente inteira. Apenas em algumas áreas e situações específicas, ainda não é possível realizar sua correção total. São áreas críticas, como a origem das artérias do coração (coronárias) e alguns casos que envolvem os vasos do pescoço, de acordo com a complexidade e necessidade de desenvolvimento de próteses ideais (ainda em estudo).

Para muitos desses casos, realiza-se um procedimento chamado híbrido, ou seja, um misto de cirurgia aberta com tratamento endovascular. Por ser menos invasivo, mais breve e com recuperação mais rápida, é muito utilizado em pessoas que tenham um risco maior nestes procedimentos, tratando-os de forma segura.

Como detectar o problema?

Como na saúde em geral, o ideal é através de exames e avaliações periódicas com o cardiologista clínico. Geralmente, o diagnóstico é feito em rotinas de consultório. Se algum problema é detectado, é possível planejar o tratamento. E isso faz muita diferença. O planejamento cirúrgico é a principal ferramenta do cirurgião cardiovascular, por mais grave que seja o caso.

A prevenção passa por uma rotina, especialmente a partir dos 30 anos e, particularmente, nos pacientes com  histórico familiar e doenças genéticas. Mas a avaliação é primária nos fumantes, hipertensos, diabéticos e pessoas com colesterol elevado, bem como com problemas estruturais do coração, a exemplo nas válvulas.

A dor é um alerta

Toda pessoa com alguma dor possui um sinal que precisa ser investigado. Isso é muito relevante. Essas são as pessoas que merecem mais atenção. As doenças arteriais podem ser diagnosticadas com exames radiológicos. Porém, nos casos associados à dor, há um alerta importante para a existência da doença ou de alguma complicação, como rupturas, dissecções, isquemias, infartos ou algum problema que necessite de um diagnóstico diferencial.

E nos casos emergenciais de aneurisma da aorta?

Em situações emergenciais, bons centros contam com um protocolo já estabelecido, passos a serem seguidos e que abrangem uma grande variedade de casos. Com isso, é possível tratar também de forma eficiente a grande maioria das pessoas. Mas nunca é demais reforçar que o melhor é que se evite chegar a esse ponto. O ideal é o acompanhamento médico, com exames periódicos preventivos.

Para saber quais são as principais orientações sobre cirurgias cardíacas, faça o download da nossa cartilha Pré e Pós-Operatório da Cirurgia Cardíaca:

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Equipe Seu Cardio
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