Em vídeo, o Cirurgião Cardiovascular chefe da equipe Seu Cardio, Dr. Sergio Lima de Almeida (CRM-SC 4370 RQE 5893) fala sobre os benefícios da técnica cirúrgica de mini incisão no tratamento de Estenose Aórtica. Confira!
Entre os constantes avanços da medicina está a técnica de mini incisão na Cirurgia Cardíaca. Esta abordagem vem ganhando destaque, especialmente no tratamento de estenose aórtica. Com estatísticas praticamente iguais às das cirurgias convencionais em termos de riscos e resultados, a técnica de mini incisão vem demonstrando ser extremamente segura.
Mini Incisão na Troca Valvar
A opção pela mini incisão nas cirurgias de troca valvar oferece grande benefício aos pacientes. Entre eles, menor incidência de dor no pós-operatório, recuperação consideravelmente mais rápida e o resultado estético bastante satisfatório, quando comparado ao obtido a partir da cirurgia convencional.
A técnica consiste em uma mini incisão de aproximadamente 8cm na região central do tórax, onde é feita uma miniesternotomia. Através desta uma pequena abertura no osso Esterno, é realizada a cirurgia de troca válvula aórtica com a mesma segurança das cirurgias convencionais.
A equipe Seu Cardio, responsável pelo serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital SOS Cárdio, está adotando esta técnica como rotina. Os resultados apresentam-se bastante positivos. Os pacientes apresentam uma evolução bastante favorável no pós operatório, com menor tempo de internação em UTI, recuperação mais rápida e muito efetiva. Desta forma, a cirurgia cardíaca minimamente invasiva permite que os pacientes retomem a sua rotina normal mais cedo.
Confira os benefícios da Mini Incisão em Cirurgias Cardíacas:
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Por Maria Júlia Búrigo Trento, Psicóloga (CRP 12/09696) e Coordenadora de Gestão de Pessoas, Departamento Pessoal, SESMT e Educação Permanente no Hospital SOS Cárdio. Nas indicações de cirurgias cardíacas, torna-se comum que paciente e familiares envolvam-se de forma ambivalente. Mesmo quando realizada adequadamente, a cirurgia tem repercussões físicas, psicológicas e sociais, demandando adaptações e mudanças no estilo de vida. Para se ter uma ideia, normalmente a percepção do paciente baseia-se, por um lado, em uma intervenção mágica que o livrará de riscos maiores e, por outro, no medo do procedimento e no receio de sofrer danos irreversíveis. Desta forma, quando um paciente recebe a notícia de que terá que se submeter a um procedimento cirúrgico, na maioria das vezes ficará focado nas implicações deste evento em sua vida. (mais…)
Por Dr. Luiz Eduardo Koening São Thiago (CRM 4873 | RQE 6714 | RQE 6715), Hemodinamicista do Hospital SOS Cárdio
A Angioplastia é um procedimento destinado ao tratamento de obstruções nas artérias coronárias. Uma obstrução impede ou reduz a vazão do sangue, prejudicando a irrigação do coração, e pode causar um infarto. Diante disso, a Angioplastia é um dos tratamentos disponíveis e que se aplica a muitos casos.
Como é a Angioplastia
A Angioplastia é um procedimento percutâneo no qual, através de uma pequena punção (não há necessidade de incisão ou sutura) na perna ou no braço, é inserido um cateter que conduz um stent até o local onde está a obstrução da artéria. O stent é uma prótese, como se fosse um arcabouço metálico, que é expandido por um balão insuflado. Ao se abrir, o dispositivo esmaga o depósito de gordura contra a parede da artéria, amplia a luz e permite que o sangue flua. Cerca de 90% dos casos são resolvidos com o implante do stent. Os outros 10% são solucionados só com o uso do balão, sem necessidade de colocação da prótese.
Stents: tipos e escolha da prótese
Atualmente, as próteses constituídas exclusivamente por uma estrutura metálica são raramente usadas. Foram substituídas pelos stents que têm medicamentos associados à estrutura metálica, com o objetivo de reduzir as chances de a obstrução voltar a ocorrer. Antes do uso destes medicamentos, 30% dos casos sofriam reobstrução. A nova obstrução acontece sempre nos seis primeiros meses após o procedimento. Hoje, com o medicamento, esse percentual ficou abaixo dos 10%. Mais recentemente, surgiram os stents feitos de um plástico especial, também com medicação junto à sua estrutura. Estes tipos são totalmente absorvidos pelo organismo, permitindo que a prótese desapareça nos anos seguintes.
A escolha do tipo de prótese é feita com base em características anatômicas e clínicas, que determinam a predisposição a uma nova obstrução. Existem situações anatômicas que podem dificultar a realização da Angioplastia, como quando as artérias são extremamente tortuosas ou diante de uma calcificação muito grande. Nestes casos, a solução passa por uma cirurgia. O importante é sempre colocar a pessoa em primeiro lugar, ou seja, o que é melhor para resolver o seu caso, de forma duradoura e com o menor risco. A decisão é do paciente, com base na orientação e nas informações do médico.
Quantidade de Stents
Não há um limite de stents que possam ser implantados. O local onde se coloca a prótese é pequeno e a extensão das artérias é grande. Assim, se outras lesões forem verificadas em outras áreas, podem ser colocados outros stents, sem qualquer contraindicação. Da mesma forma, a entrada na artéria pode ser feita várias vezes, justamente porque não há sutura. O orifício por onde entra o cateter é muito pequeno.
Recuperação da Angioplastia
Uma Angioplastia de menor complexidade dura, aproximadamente, uma hora. Os casos de maior complexidade, com lesões em várias artérias, duram cerca de duas horas. Como o procedimento é realizado através de uma punção em uma artéria do braço ou da perna, não existe corte, a recuperação é rápida e requer internação por um ou dois dias, dependendo da evolução do paciente.
O procedimento em si não cria nenhuma limitação para a pessoa voltar à vida normal e à maior parte de suas atividades, logo em seguida. Esforços físicos ficam comprometidos por alguns dias em função do local onde foi feita a punção. Essa volta à rotina só muda se a pessoa tiver um comprometimento severo da função do coração. Mas, nestes casos, o problema não é a Angioplastia, e sim outra doença que tenha no coração.
Sempre que falamos em um procedimento no coração, as pessoas tendem a se assustar. Porém, do mesmo modo que no Cateterismo, a chance de complicação grave é muito pequena na Angioplastia.
*Material destinado a profissionais da área da Saúde
A Cirurgia Cardíaca vem evoluindo ao longo dos anos, avançando em tecnologia e em técnicas capazes de oferecer sempre o melhor tratamento aos pacientes. A técnica No Touch, que se refere à retirada da veia safena sem tocá-la, é um desses avanços.
Na técnica No Touch, a veia safena é retirada com parte do tecido gorduroso que a envolve, buscando-se o mínimo de manipulação deste vaso. Além disso, contempla também o cuidado ao preparar este segmento venoso, com injeção de solução em baixa pressão dentro dele, evitando lesão do endotélio e buscando prolongar a vida útil da safena. Os enxertos, utilizados nas cirurgias de Revascularização do Miocárdio, são preparados com sangue heparinizado, com pressão de enchimento monitorada. Como benefício, a técnica No Touch apresenta excelentes resultados na longevidade da Safena, quando comparado à técnica convencional.
Com a devida autorização do Prof. Dr. Domingos Souza, pesquisador e criador da técnica No Touch, estamos disponibilizando sua aula sobre o tema. Apresentada recentemente no 3o Encontro Anglo-Latino de Cirurgia Cardíaca, em Londres, o material disponibiliza vasto conteúdo sobre esta espetacular abordagem, já publicada em importantes revistas da literatura médica mundial e com follow-up de longo prazo.
Aplicação da técnica No Touch no SOS Cárdio
Em nosso serviço – Equipe Seu Cardio, estamos utilizando a mesma técnica e realizando protocolos comparativos com intuito de alcançarmos as mesmas conclusões demonstradas nos estudos do Dr. Domingos Souza. Com a aplicação da técnica No Touch, acreditamos que podemos resgatar a importância dos enxertos venosos como estratégia segura em associação aos enxertos arteriais, reforçando a posição da cirurgia de revascularização do miocárdio como tratamento ouro para a insuficiência coronariana crônica.
Acesse abaixo a aula do Dr. Domingos Souza, sobre a técnica No Touch:
O material foi produzido e cedido pelo Prof. Dr. Domingos Souza, que é afiliado ao Departamento de Cirurgia Cardiotorácica e Anestesiologia do Hospital Universitário de Örebro, na Suécia.
Dr. Luiz Eduardo Koening São Thiago | CRM 4873 | RQE 6714 | RQE 6715
A Medicina vem evoluindo ao longo do tempo e, com essa evolução, avançam também os recursos para o diagnóstico e tratamento das doenças. Os exames de diagnóstico de doenças cardíacas, como o cateterismo cardíaco, por exemplo, inovadores há 20 anos atrás, não pararam no tempo. Hoje, beneficiam ainda mais os pacientes. Com resultados precisos e segurança, o cateterismo cardíaco tornou-se um exame habitual nas investigações cardiológicas.
O que é o Cateterismo Cardíaco?
O cateterismo cardíaco, também conhecido como Cinecoronariografia ou Angiografia Coronária ou Estudo Hemodinâmico, é um exame invasivo do coração. Ele se utiliza de um cateter (tubo fino e flexível), introduzido por um orifício na virilha ou no braço, e que segue pelas artérias ou veias até chegar ao coração.
É realizado em uma sala de Hemodinâmica, com utilização de contraste e Raio-X. Os pacientes são sedados, adormecem e não sentem dor no procedimento, que dura de 30 a 40 minutos, em média. É um procedimento muito seguro, com baixos índices de complicações.
Os pacientes submetidos a um cateterismo cardíaco saem do hospital cerca de 30 minutos após o exame, e sem limitações. Devem apenas cuidar para manter em repouso o membro utilizado durante o exame (braço ou perna – virilha).
Através do cateterismo, é possível identificar uma série de doenças que acometem o coração, com maior precisão do que os exames não invasivos. Pode-se avaliar tanto as artérias coronárias, quanto as demais estruturas do coração, aperfeiçoando os diagnósticos de cardiopatias.
Quando o Cateterismo é indicado?
O cateterismo cardíaco é indicado para confirmar a suspeita de algumas doenças cardíacas, como obstruções nas artérias coronárias e até mesmo problemas nas válvulas do coração.
Através da aplicação de contraste nos cateteres, o médico intervencionista consegue identificar o tipo, o local e a característica das lesões nas coronárias. Dependendo de cada caso, ele pode optar por tratar as obstruções das coronárias no mesmo momento, realizando uma angioplastia na sequência do cateterismo.
Outra indicação bastante comum é a realização de cateterismo cardíaco nos casos de infarto agudo do miocárdio. O exame permite identificar o local exato da obstrução que está causando o infarto e, assim, permitir a desobstrução imediata da artéria através de Angioplastia com implante de stent. Isto tem papel fundamental na redução da quantidade de músculo cardíaco infartado. A realização do cateterismo na emergência faz parte, inclusive, do protocolo de diagnóstico diferencial de dor torácica, definido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Riscos do Cateterismo Cardíaco
O receio em relação ao cateterismo, quando existe, deve-se sobretudo a uma marca do passado. Há 20 anos ou mais, o cateterismo cardíaco era muito diferente de como é feito hoje. Era um exame mais perigoso, mais difícil e com uma chance maior de complicações. Contudo, essa realidade mudou completamente. Quase todas as pessoas que fazem o procedimento hoje, quando acabam de fazer o exame, perguntam: “é só isso”?
Além disso, atualmente, o cateter utilizado é muito menor e muito menos agressivo do que o que se usava há duas décadas. Outro diferencial é que se usa muito menos contraste nos dias de hoje. Então, o risco de complicações, quando feito por profissionais capacitados, é muito pequeno. Por isso, é um exame habitual, que faz parte da rotina de avaliação cardiológica.
Para saber quais são as principais orientações sobre cirurgias cardíacas, faça o download da nossa cartilha Pré e Pós-Operatório da Cirurgia Cardíaca:
Descubra 9 maneiras simples e eficazes de como se prevenir de doenças cardiovasculares com o Dr. Antônio Felipe Simão (CRM-SC 1487), Cardiologista, Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia-SC e Diretor Técnico do Instituto de Cardiologia de SC.
Doenças cardiovasculares (DCVs), incluindo infartos e derrames, matam em todo o mundo, 17 milhões de pessoas – um terço da mortalidade total. No Brasil, a cada minuto morre uma pessoa vítima de doença cardiovascular, totalizando cerca de 350 mil pessoas ao ano, sendo 55% homens e 45% mulheres, segundo o Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.(mais…)