O Cateterismo no Diagnóstico de Doenças do Coração

O Cateterismo no Diagnóstico de Doenças do Coração

Dr. Luiz Eduardo Koening São Thiago | CRM 4873 | RQE 6714 | RQE 6715

A Medicina vem evoluindo ao longo do tempo e, com essa evolução, avançam também os recursos para o diagnóstico e tratamento das doenças. Os exames de diagnóstico de doenças cardíacas, como o cateterismo cardíaco, por exemplo, inovadores há 20 anos atrás, não pararam no tempo. Hoje, beneficiam ainda mais os pacientes. Com resultados precisos e segurança, o cateterismo cardíaco tornou-se um exame habitual nas investigações cardiológicas.

O que é o Cateterismo Cardíaco?

O cateterismo cardíaco, também conhecido como Cinecoronariografia ou Angiografia Coronária ou Estudo Hemodinâmico, é um exame invasivo do coração. Ele se utiliza de um cateter (tubo fino e flexível), introduzido por um orifício na virilha ou no braço, e que segue pelas artérias ou veias até chegar ao coração.

É realizado em uma sala de Hemodinâmica, com utilização de contraste e Raio-X. Os pacientes são sedados, adormecem e não sentem dor no procedimento, que dura de 30 a 40 minutos, em média. É um procedimento muito seguro, com baixos índices de complicações.

Os pacientes submetidos a um cateterismo cardíaco saem do hospital cerca de 30 minutos após o exame, e sem limitações. Devem apenas cuidar para manter em repouso o membro utilizado durante o exame (braço ou perna – virilha).

Através do cateterismo, é possível identificar uma série de doenças que acometem o coração, com maior precisão do que os exames não invasivos. Pode-se avaliar tanto as artérias coronárias, quanto as demais estruturas do coração, aperfeiçoando os diagnósticos de cardiopatias.

Quando o Cateterismo é indicado?

O cateterismo cardíaco é indicado para confirmar a suspeita de algumas doenças cardíacas, como obstruções nas artérias coronárias e até mesmo problemas nas válvulas do coração.

Através da aplicação de contraste nos cateteres, o médico intervencionista consegue identificar o tipo, o local e a característica das lesões nas coronárias. Dependendo de cada caso, ele pode optar por tratar as obstruções das coronárias no mesmo momento, realizando uma angioplastia na sequência do cateterismo.

Outra indicação bastante comum é a realização de cateterismo cardíaco nos casos de infarto agudo do miocárdio. O exame permite identificar o local exato da obstrução que está causando o infarto e, assim, permitir a desobstrução imediata da artéria através de Angioplastia com implante de stent. Isto tem papel fundamental na redução da quantidade de músculo cardíaco infartado. A realização do cateterismo na emergência faz parte, inclusive, do protocolo de diagnóstico diferencial de dor torácica, definido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Riscos do Cateterismo Cardíaco

O receio em relação ao cateterismo, quando existe, deve-se sobretudo a uma marca do passado. Há 20 anos ou mais, o cateterismo cardíaco era muito diferente de como é feito hoje. Era um exame mais perigoso, mais difícil e com uma chance maior de complicações. Contudo, essa realidade mudou completamente. Quase todas as pessoas que fazem o procedimento hoje, quando acabam de fazer o exame, perguntam: “é só isso”?

Além disso, atualmente, o cateter utilizado é muito menor e muito menos agressivo do que o que se usava há duas décadas. Outro diferencial é que se usa muito menos contraste nos dias de hoje. Então, o risco de complicações, quando feito por profissionais capacitados, é muito pequeno. Por isso, é um exame habitual, que faz parte da rotina de avaliação cardiológica.

Para saber quais são as principais orientações sobre cirurgias cardíacas, faça o download da nossa cartilha Pré e Pós-Operatório da Cirurgia Cardíaca:

cateterismo

Caso você tenha alguma dúvida, entre em contato conosco ou escreva abaixo, nos comentários.

Diagnóstico Diferencial de Dor Torácica na Emergência

Diagnóstico Diferencial de Dor Torácica na Emergência

*Conteúdo direcionado a profissionais da área da saúde.

O papel de todo atendimento de emergência é identificar, de maneira rápida e eficaz, as situações de risco que os pacientes apresentam e oferecer-lhes o atendimento adequado.

Diante de um paciente com dor torácica, a aplicação de um protocolo de diagnóstico diferencial de dor torácica na emergência é fundamental para que sejam realizadas ações imediatas, nos casos de maior risco, ou para que se possa adotar uma avaliação mais profunda, nos casos que não demandam pronta intervenção.

Pensando nisso, convidamos o Dr. Marcello Maia (CRM-SC 11034 |RQE 5221 | RQE 9033), Cardiologista e Intensivista no Hospital SOS Cárdio, para falar sobre o tema e sobre como é realizado o diagnóstico diferencial de dor torácica nas emergências, atualmente.

O material está disponível para download aqui no Blog. Nele, você irá encontrar informações como:

    1. Estratificação do Risco Coronariano
    2. Diretrizes para o Diagnóstico Diferencial de Dor Torácica
    3. Pacientes de Alto Risco Coronariano
    4. Pacientes de Risco Intermediário
    5. Avaliação de Risco – Critérios Mundiais

Confira o Ebook que preparamos sobre diagnóstico diferencial de dor torácica na emergência. O conteúdo é destinado a profissionais da área da saúde. Faça o download: 

dor torácica

Esperamos que aproveite a leitura!

Sobre o autor:
Dr. Marcello Bastos Moreno Maia, CRM-SC 11034 |RQE 5221 | RQE 9033, é Cardiologista e Intensivista no Hospital SOS Cárdio. Atua também na clínica Prevencordis.

 

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