A falência da prótese valvar cardíaca é, em geral, uma preocupação entre os pacientes. Principalmente, entre os portadores de próteses biológicas, cuja durabilidade é menor do que a das mecânicas. Aqui neste post, vamos explicar os principais fatores que levam à necessidade de uma reoperação.
Falência da Prótese Valvar Mecânica
O maior fator determinante de falência da prótese valvar mecânica é a formação de coágulos. Eles se formam em torno da prótese, dificultando seu funcionamento. Comprometem, assim, o seu desempenho. Isso normalmente acontece pelo uso irregular do anticoagulante ou pelo controle rotineiro inadequado dos níveis de anticoagulação.
Se este problema ocorrer de forma crônica, o paciente volta a apresentar sintomas. A orientação é consultar com o seu Cardiologista Clínico, que poderá solicitar os exames adequados. Normalmente, o diagnóstico de falência da prótese valvar é realizado pelo Ecocardiograma.
Caso a falência da prótese mecânica ocorra de forma aguda, implica em alto risco ao paciente. Nesse caso, pode determinar a necessidade de uma cirurgia de urgencia.
O outro fator que leva à falência da prótese mecânica é uma infecção na prótese. É uma complicação que também leva à necessidade de sua troca. Ou seja, demanda uma nova cirurgia.
A necessidade de reoperação no caso das próteses mecânicas por falência do material é raríssima.
Falência da Prótese Valvar Biológica
A falência da prótese biológica acontece por sua progressiva calcificação e consequente degeneração . Esse processo de calcificação é determinado pelo metabolismo do cálcio no organismo. Dessa forma, pode variar de um indivíduo para o outro e não acontece de forma aguda.
No entanto, quanto mais idoso é o paciente, mais lento e o processo de calcificação da prótese biológica. Por isso, essas próteses tem maior durabilidade quanto mais idoso é o seu portador.
O acompanhamento da calcificação da prótese biológica deve ser realizado com o Cardiologista Clínico. O Ecocardiograma é o exame mais indicado para este fim. É através dele que o médico pode identificar o momento adequado para indicar uma reoperação.
O paciente que opta por uma prótese biológica deve contar com a possibilidade de uma ou mais reoperações ao longo de sua vida. A quantidade de reoperações para troca valvar vai depender de sua idade e do processo de calcificação do seu organismo. Em geral, uma primeira reoperação para as próteses biológicas ocorre depois de uma década – ou bem mais tempo, no caso dos pacientes mais idosos.
Infecção na Prótese Valvar
A infecção na prótese valvar cardíaca normalmente leva à necessidade da sua troca. Isso tanto nas válvulas mecânicas, quanto nas biológicas.
Em geral, uma infecção na prótese é resultante de um quadro infeccioso. Pode advir do acometimento de outro órgão ou de uma bacteremia transitória que contamine a prótese. Por isso, se recomenda a profilaxia prévia com antibióticos em procedimentos que possam resultar em bacteremia.
O mais comum, são as bacteremias resultantes de manipulações dentárias. Assim, é recomendado que converse com seu Cardiologista para averiguar em quais procedimentos é necessária a adoção da profilaxia, qual antibiótico e qual a dose adequada. Essa medida independe do tipo de prótese valvar, se biológica ou mecânica. É indicada a ambos.
Vale salientar que a infecção da prótese cardíaca é uma doença grave e de alto risco. Em muitos casos, leva à necessidade de troca da prótese na vigência do quadro infeccioso. Essa condição aumenta muito o risco cirúrgico. Sendo assim, a profilaxia é fundamental aos portadores de próteses cardíacas.