Prevenção e Fatores de Risco do Infarto

Prevenção e Fatores de Risco do Infarto

Por Dr. Marcello Bastos Moreno Maia – CRM-SC 11034 |RQE 5221 | RQE 9033 Cardiologista e Intensivista no Hospital SOS Cárdio. Atua também na clínica Prevencordis.

Já falamos sobre quando a dor no peito pode ser sintoma de um infarto e sobre o que fazer diante da possibilidade de um infarto. No entanto, quais os fatores de risco para o infarto? O que podemos fazer como prevenção? É o que vamos abordar a seguir.

Principais Fatores de Risco para o Infarto

Um dos principais fatores de risco para o infarto é a doença coronariana. Essa doença se caracteriza pelo desenvolvimento de placas nos vasos sanguíneos, a aterosclerose, que leva à obstrução parcial ou total da passagem do sangue. Essa obstrução pode impactar na irrigação do coração e causar um infarto, ou seja, a morte das células do músculo cardíaco.

O risco de infarto aumenta de maneira significativa a partir dos 40 anos de idade, nos homens, e a partir da menopausa, nas mulheres. Nesses casos, é importante fazer um acompanhamento cardiológico para controle e prevenção antes da manifestação da doença.

Os demais principais fatores de risco para o infarto são: diabetes, fumo, colesterol alto, hipertensão, stress e histórico familiar importante de doenças cardíacas. Assim, a atenção deve ser redobrada quando a pessoa apresenta um ou mais destes fatores de risco.

Prevenção do Infarto e Tratamentos

A adoção de hábitos saudáveis de vida, como a prática de atividade física e alimentação saudável auxiliam na prevenção das doenças do coração e do infarto.

Quando aparecem os sintomas, é sinal de que já existe a doença coronariana. Com a prevenção, pode-se evitar a sua progressão, mas não a sua cura. Uma vez que as placas se formam nos vasos sanguíneos, não há como dissolvê-las. E isto pode acarretar em um infarto.

O tratamento do infarto passa pelo atendimento médico de emergência, medicações para a desobstrução das artérias e em alguns casos, demanda também procedimentos invasivos. A Angioplastia de emergência, com a abertura mecânica e implante de um “stent é a abordagem mais indicada atualmente, porém esta somente pode ser realizada em centros especializados em cardiologia.

Com esses tratamentos, a circulação melhora, eliminam-se os sintomas naquele momento, mas a doença coronariana continua existindo, podendo demandar tratamento adicional, seja por medicação, Angioplastia em outras artérias ou Cirurgia de Revascularização do Miocárdio. Daí a necessidade de um acompanhamento contínuo e da prevenção.

Exames Periódicos e Acompanhamento Médico

O acompanhamento de um Cardiologista é recomendado principalmente às pessoas que possuem um ou mais fatores de risco. Como parte da avaliação cardiológica, alguns exames costumam ser solicitados, como teste de esforço, por exemplo.

É importante saber que os exames mostram a situação atual do estado cardiológico, ou seja, o acompanhamento e a periodicidade na sua realização são essenciais. Não é porque um teste de esteira apresentou um bom resultado que não haverá nunca mais o risco de um problema.

É possível realizar os exames, apresentar testes com resultados normais e, ainda assim, apresentar um infarto. Uma das possibilidades é a presença de placas pequenas, que não causam uma obstrução significativa das artérias. Assim, não são detectadas em exames não invasivos, como o teste de esforço.

Uma vez que o mecanismo de obstrução aguda do vaso é pela formação de um coágulo sobre a placa, mesmo placas pequenas podem causar um infarto

Além disso, numa avaliação cardiológica adequada, verifica-se não apenas a questão funcional momentânea, mas também o risco futuro daquela pessoa desenvolver um problema cardíaco.  Nesta avaliação complementar é necessária averiguação do perfil lipídico, obesidade, grau de hipertensão, histórico familiar, diabetes, entre outros fatores, como hábitos de fumar e de fazer atividades físicas regulares. Tudo isto é ponderado para uma análise do risco de cada pessoa. Essa avaliação auxilia na indicação dos principais cuidados que devem ser adotados individualmente para a prevenção.

Confira a aula preparada pelo Dr. Felipe Simão CRM-SC 1487 – Prevenção de Doenças Cardiovasculares:

fatores de risco para o infarto

Caso você tenha alguma dúvida, entre em contato conosco ou escreva abaixo, nos comentários.

Diagnóstico Diferencial de Dor Torácica na Emergência

Diagnóstico Diferencial de Dor Torácica na Emergência

*Conteúdo direcionado a profissionais da área da saúde.

O papel de todo atendimento de emergência é identificar, de maneira rápida e eficaz, as situações de risco que os pacientes apresentam e oferecer-lhes o atendimento adequado.

Diante de um paciente com dor torácica, a aplicação de um protocolo de diagnóstico diferencial de dor torácica na emergência é fundamental para que sejam realizadas ações imediatas, nos casos de maior risco, ou para que se possa adotar uma avaliação mais profunda, nos casos que não demandam pronta intervenção.

Pensando nisso, convidamos o Dr. Marcello Maia (CRM-SC 11034 |RQE 5221 | RQE 9033), Cardiologista e Intensivista no Hospital SOS Cárdio, para falar sobre o tema e sobre como é realizado o diagnóstico diferencial de dor torácica nas emergências, atualmente.

O material está disponível para download aqui no Blog. Nele, você irá encontrar informações como:

    1. Estratificação do Risco Coronariano
    2. Diretrizes para o Diagnóstico Diferencial de Dor Torácica
    3. Pacientes de Alto Risco Coronariano
    4. Pacientes de Risco Intermediário
    5. Avaliação de Risco – Critérios Mundiais

Confira o Ebook que preparamos sobre diagnóstico diferencial de dor torácica na emergência. O conteúdo é destinado a profissionais da área da saúde. Faça o download: 

dor torácica

Esperamos que aproveite a leitura!

Sobre o autor:
Dr. Marcello Bastos Moreno Maia, CRM-SC 11034 |RQE 5221 | RQE 9033, é Cardiologista e Intensivista no Hospital SOS Cárdio. Atua também na clínica Prevencordis.

 

O que fazer diante de sintomas de infarto

O que fazer diante de sintomas de infarto

Por Dr. Marcello Bastos Moreno Maia – CRM-SC 11034 |RQE 5221 | RQE 9033
Cardiologista e Intensivista no Hospital SOS Cárdio. Atua também na clínica Prevencordis.

Em outro post, abordamos a questão da dor no peito e quando ela pode ser sintoma de um infarto. Agora, vamos falar sobre o que pode e deve ser feito diante dos sintomas de infarto.

Diante de sintomas de infarto, como dor no peito com características de sensação de peso no peito, opressão, queimação, e que não alivia rápida e completamente ao descansar, é necessário procurar assistência médica de urgência.

O ideal é que seja procurado um serviço especializado em Cardiologia, que já poderá realizar as intervenções necessárias. Na falta de um atendimento especializado recorra ao atendimento emergencial mais próximo disponível para um primeiro atendimento. Posteriormente, se for necessário, o serviço poderá providenciar a remoção para um centro de Cardiologia.

Agilidade diante de sintomas de infarto

O principal, nesse momento de emergência, é a agilidade no atendimento. Como visto, o infarto é a morte das células do coração. Assim, quanto maior a demora na intervenção médica, maior será o dano e maiores serão as sequelas.

Com até seis horas de infarto, pode-se conseguir uma recuperação razoável do músculo cardíaco. Passado esse tempo, até em torno de 12 horas de infarto, consegue-se alguma recuperação da musculatura, mas o resultado é bem inferior. Passadas as 12 horas, dificilmente haverá recuperação será significativa.

Quanto menor for a lesão no músculo do coração, menor o impacto do infarto na qualidade de vida.

Como é o atendimento de emergência no infarto

O correto diagnóstico de infarto só pode ser realizado por um médico. Na avaliação são considerados os sintomas, como a dor no peito, e são analisados outros dados, como alterações no eletrocardiograma e exames de sangue.

Ao chegar em uma emergência cardiológica com sintomas de infarto, é realizado um eletrocardiograma. Este exame mostra se há alguma alteração cardíaca naquele momento. É possível, no entanto, que o eletrocardiograma se apresente normal, o que não exclui a possibilidade de um infarto. Por isso, na consulta de emergência com o Cardiologista, quando há uma suspeita forte, é obrigatória a analise de outros exames.

A avaliação clínica é complementada com a avaliação de algumas substâncias liberadas pelo infarto na circulação sanguínea, as enzimas. Esse controle exige a realização de exames de sangue de forma seriada, com mais de uma coleta, durante algumas horas. Assim, é possível identificar se esta substância está aumentando de forma significativa no organismo. Todas essas medidas são essenciais para o correto diagnóstico do infarto e a busca da melhor solução para quem sofre o problema.

Tratamento para Desobstrução das Artérias

O infarto é a morte de células do coração, causado pela falta de irrigação do músculo cardíaco. Essa falta de irrigação acontece pela obstrução de um vaso sanguíneo. Em geral existe uma placa de gordura a qual se rompe. O contato do sangue com os elementos mais internos desta placa favorece o desenvolvimento de um coágulo e este coágulo é que irá fazer a obstrução para a passagem do sangue. Assim, é necessário restabelecer o fluxo sanguíneo naquela artéria, para que o coração receba a irrigação necessária.

Para isso, na emergência cardiológica são ministrados medicamentos chamados de trombolíticos que visam eliminar o coágulo que se formou no vaso sanguíneo. Essa medicação vai auxiliar o seu corpo a restabelecer o fluxo de sangue para o coração e irá aliviar os sintomas do infarto.

Em alguns casos, no entanto, é feita a desobstrução por meios mecânicos, a Angioplastia de urgência. Durante o procedimento o coágulo e a placa são esmagados por um balão e é feito o implante de uma prótese que irá manter a artéria aberta, o “stent”.

Medicação sublingual: somente com prescrição médica

Existem medicações que podem ser usadas de maneira sublingual ou inalatória e que ajudam a dilatar as artérias do coração. Elas melhoram o fluxo de sangue para a região que sofre a isquemia, fazendo desaparecer o sintoma da angina (dor no peito).

Essas medicações só devem ser utilizadas se forem prescritas pelo médico. Destinam-se, principalmente, às pessoas que já tem o diagnóstico de doença coronariana, possuem angina “conhecida” e realizam regularmente acompanhamento médico.

Para esses casos, o fato da dor no peito aparecer diante de um esforço físico e rapidamente desaparecer, é um sintoma típico de angina, mas não significa que está havendo um infarto e nem que é necessário correr para uma emergência. Mas, se mesmo usando as medicações, a dor não aliviar rapidamente, é necessário recorrer a um atendimento médico de urgência.

É fundamental lembrar que este medicamento precisa ser previamente prescrito pelo médico. A automedicação pelo contrário pode causar uma perda tempo essencial para o diagnóstico e início do tratamento adequado de um infarto – ou de outra doença grave. Um erro causado pela automedicação pode afetar, inclusive, uma cirurgia de urgência.

Dr. Marcello Bastos Moreno Maia (CRM-SC 11034 | RQE 5221 | RQE 9033) é Cardiologista e Intensivista no Hospital SOS Cárdio. Atua também na clínica Prevencordis.

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