por Equipe Seu Cardio | Blog, Fatores de Risco e Prevenção, Pré e Pós-Operatório, Válvulas
Por Dr. Luís Enrique Vargas Portugal CRM-SC 11295 RQE 5389
Convencionalmente, a cirurgia de revascularização do miocárdio em idosos utiliza enxertos arteriais e venosos. Geralmente, a artéria mamária interna esquerda é utilizada na revascularização da artéria descendente anterior. São utilizados segmentos de veias safenas para revascularizar as outras artérias afetadas. (mais…)
por Equipe Seu Cardio | Blog, Coronária
Por Dr. Luiz Eduardo Koening São Thiago (CRM 4873 | RQE 6714 | RQE 6715), Hemodinamicista do Hospital SOS Cárdio
A Angioplastia é um procedimento destinado ao tratamento de obstruções nas artérias coronárias. Uma obstrução impede ou reduz a vazão do sangue, prejudicando a irrigação do coração, e pode causar um infarto. Diante disso, a Angioplastia é um dos tratamentos disponíveis e que se aplica a muitos casos.
Como é a Angioplastia
A Angioplastia é um procedimento percutâneo no qual, através de uma pequena punção (não há necessidade de incisão ou sutura) na perna ou no braço, é inserido um cateter que conduz um stent até o local onde está a obstrução da artéria. O stent é uma prótese, como se fosse um arcabouço metálico, que é expandido por um balão insuflado. Ao se abrir, o dispositivo esmaga o depósito de gordura contra a parede da artéria, amplia a luz e permite que o sangue flua. Cerca de 90% dos casos são resolvidos com o implante do stent. Os outros 10% são solucionados só com o uso do balão, sem necessidade de colocação da prótese.
Stents: tipos e escolha da prótese
Atualmente, as próteses constituídas exclusivamente por uma estrutura metálica são raramente usadas. Foram substituídas pelos stents que têm medicamentos associados à estrutura metálica, com o objetivo de reduzir as chances de a obstrução voltar a ocorrer. Antes do uso destes medicamentos, 30% dos casos sofriam reobstrução. A nova obstrução acontece sempre nos seis primeiros meses após o procedimento. Hoje, com o medicamento, esse percentual ficou abaixo dos 10%.
Mais recentemente, surgiram os stents feitos de um plástico especial, também com medicação junto à sua estrutura. Estes tipos são totalmente absorvidos pelo organismo, permitindo que a prótese desapareça nos anos seguintes.
A escolha do tipo de prótese é feita com base em características anatômicas e clínicas, que determinam a predisposição a uma nova obstrução. Existem situações anatômicas que podem dificultar a realização da Angioplastia, como quando as artérias são extremamente tortuosas ou diante de uma calcificação muito grande. Nestes casos, a solução passa por uma cirurgia. O importante é sempre colocar a pessoa em primeiro lugar, ou seja, o que é melhor para resolver o seu caso, de forma duradoura e com o menor risco. A decisão é do paciente, com base na orientação e nas informações do médico.
Quantidade de Stents
Não há um limite de stents que possam ser implantados. O local onde se coloca a prótese é pequeno e a extensão das artérias é grande. Assim, se outras lesões forem verificadas em outras áreas, podem ser colocados outros stents, sem qualquer contraindicação. Da mesma forma, a entrada na artéria pode ser feita várias vezes, justamente porque não há sutura. O orifício por onde entra o cateter é muito pequeno.
Recuperação da Angioplastia
Uma Angioplastia de menor complexidade dura, aproximadamente, uma hora. Os casos de maior complexidade, com lesões em várias artérias, duram cerca de duas horas. Como o procedimento é realizado através de uma punção em uma artéria do braço ou da perna, não existe corte, a recuperação é rápida e requer internação por um ou dois dias, dependendo da evolução do paciente.
O procedimento em si não cria nenhuma limitação para a pessoa voltar à vida normal e à maior parte de suas atividades, logo em seguida. Esforços físicos ficam comprometidos por alguns dias em função do local onde foi feita a punção. Essa volta à rotina só muda se a pessoa tiver um comprometimento severo da função do coração. Mas, nestes casos, o problema não é a Angioplastia, e sim outra doença que tenha no coração.
Sempre que falamos em um procedimento no coração, as pessoas tendem a se assustar. Porém, do mesmo modo que no Cateterismo, a chance de complicação grave é muito pequena na Angioplastia.
por Equipe Seu Cardio | Blog, Fatores de Risco e Prevenção
Dr. Luiz Eduardo Koening São Thiago | CRM 4873 | RQE 6714 | RQE 6715
A Medicina vem evoluindo ao longo do tempo e, com essa evolução, avançam também os recursos para o diagnóstico e tratamento das doenças. Os exames de diagnóstico de doenças cardíacas, como o cateterismo cardíaco, por exemplo, inovadores há 20 anos atrás, não pararam no tempo. Hoje, beneficiam ainda mais os pacientes. Com resultados precisos e segurança, o cateterismo cardíaco tornou-se um exame habitual nas investigações cardiológicas.
O que é o Cateterismo Cardíaco?
O cateterismo cardíaco, também conhecido como Cinecoronariografia ou Angiografia Coronária ou Estudo Hemodinâmico, é um exame invasivo do coração. Ele se utiliza de um cateter (tubo fino e flexível), introduzido por um orifício na virilha ou no braço, e que segue pelas artérias ou veias até chegar ao coração.
É realizado em uma sala de Hemodinâmica, com utilização de contraste e Raio-X. Os pacientes são sedados, adormecem e não sentem dor no procedimento, que dura de 30 a 40 minutos, em média. É um procedimento muito seguro, com baixos índices de complicações.
Os pacientes submetidos a um cateterismo cardíaco saem do hospital cerca de 30 minutos após o exame, e sem limitações. Devem apenas cuidar para manter em repouso o membro utilizado durante o exame (braço ou perna – virilha).
Através do cateterismo, é possível identificar uma série de doenças que acometem o coração, com maior precisão do que os exames não invasivos. Pode-se avaliar tanto as artérias coronárias, quanto as demais estruturas do coração, aperfeiçoando os diagnósticos de cardiopatias.
Quando o Cateterismo é indicado?
O cateterismo cardíaco é indicado para confirmar a suspeita de algumas doenças cardíacas, como obstruções nas artérias coronárias e até mesmo problemas nas válvulas do coração.
Através da aplicação de contraste nos cateteres, o médico intervencionista consegue identificar o tipo, o local e a característica das lesões nas coronárias. Dependendo de cada caso, ele pode optar por tratar as obstruções das coronárias no mesmo momento, realizando uma angioplastia na sequência do cateterismo.
Outra indicação bastante comum é a realização de cateterismo cardíaco nos casos de infarto agudo do miocárdio. O exame permite identificar o local exato da obstrução que está causando o infarto e, assim, permitir a desobstrução imediata da artéria através de Angioplastia com implante de stent. Isto tem papel fundamental na redução da quantidade de músculo cardíaco infartado. A realização do cateterismo na emergência faz parte, inclusive, do protocolo de diagnóstico diferencial de dor torácica, definido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Riscos do Cateterismo Cardíaco
O receio em relação ao cateterismo, quando existe, deve-se sobretudo a uma marca do passado. Há 20 anos ou mais, o cateterismo cardíaco era muito diferente de como é feito hoje. Era um exame mais perigoso, mais difícil e com uma chance maior de complicações. Contudo, essa realidade mudou completamente. Quase todas as pessoas que fazem o procedimento hoje, quando acabam de fazer o exame, perguntam: “é só isso”?
Além disso, atualmente, o cateter utilizado é muito menor e muito menos agressivo do que o que se usava há duas décadas. Outro diferencial é que se usa muito menos contraste nos dias de hoje. Então, o risco de complicações, quando feito por profissionais capacitados, é muito pequeno. Por isso, é um exame habitual, que faz parte da rotina de avaliação cardiológica.
Para saber quais são as principais orientações sobre cirurgias cardíacas, faça o download da nossa cartilha Pré e Pós-Operatório da Cirurgia Cardíaca:
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por Equipe Seu Cardio | Blog, Coronária, Fatores de Risco e Prevenção
Por Dr. Marcello Bastos Moreno Maia – CRM-SC 11034 |RQE 5221 | RQE 9033 Cardiologista e Intensivista no Hospital SOS Cárdio. Atua também na clínica Prevencordis.
Já falamos sobre quando a dor no peito pode ser sintoma de um infarto e sobre o que fazer diante da possibilidade de um infarto. No entanto, quais os fatores de risco para o infarto? O que podemos fazer como prevenção? É o que vamos abordar a seguir.
Principais Fatores de Risco para o Infarto
Um dos principais fatores de risco para o infarto é a doença coronariana. Essa doença se caracteriza pelo desenvolvimento de placas nos vasos sanguíneos, a aterosclerose, que leva à obstrução parcial ou total da passagem do sangue. Essa obstrução pode impactar na irrigação do coração e causar um infarto, ou seja, a morte das células do músculo cardíaco.
O risco de infarto aumenta de maneira significativa a partir dos 40 anos de idade, nos homens, e a partir da menopausa, nas mulheres. Nesses casos, é importante fazer um acompanhamento cardiológico para controle e prevenção antes da manifestação da doença.
Os demais principais fatores de risco para o infarto são: diabetes, fumo, colesterol alto, hipertensão, stress e histórico familiar importante de doenças cardíacas. Assim, a atenção deve ser redobrada quando a pessoa apresenta um ou mais destes fatores de risco.
Prevenção do Infarto e Tratamentos
A adoção de hábitos saudáveis de vida, como a prática de atividade física e alimentação saudável auxiliam na prevenção das doenças do coração e do infarto.
Quando aparecem os sintomas, é sinal de que já existe a doença coronariana. Com a prevenção, pode-se evitar a sua progressão, mas não a sua cura. Uma vez que as placas se formam nos vasos sanguíneos, não há como dissolvê-las. E isto pode acarretar em um infarto.
O tratamento do infarto passa pelo atendimento médico de emergência, medicações para a desobstrução das artérias e em alguns casos, demanda também procedimentos invasivos. A Angioplastia de emergência, com a abertura mecânica e implante de um “stent é a abordagem mais indicada atualmente, porém esta somente pode ser realizada em centros especializados em cardiologia.
Com esses tratamentos, a circulação melhora, eliminam-se os sintomas naquele momento, mas a doença coronariana continua existindo, podendo demandar tratamento adicional, seja por medicação, Angioplastia em outras artérias ou Cirurgia de Revascularização do Miocárdio. Daí a necessidade de um acompanhamento contínuo e da prevenção.
Exames Periódicos e Acompanhamento Médico
O acompanhamento de um Cardiologista é recomendado principalmente às pessoas que possuem um ou mais fatores de risco. Como parte da avaliação cardiológica, alguns exames costumam ser solicitados, como teste de esforço, por exemplo.
É importante saber que os exames mostram a situação atual do estado cardiológico, ou seja, o acompanhamento e a periodicidade na sua realização são essenciais. Não é porque um teste de esteira apresentou um bom resultado que não haverá nunca mais o risco de um problema.
É possível realizar os exames, apresentar testes com resultados normais e, ainda assim, apresentar um infarto. Uma das possibilidades é a presença de placas pequenas, que não causam uma obstrução significativa das artérias. Assim, não são detectadas em exames não invasivos, como o teste de esforço.
Uma vez que o mecanismo de obstrução aguda do vaso é pela formação de um coágulo sobre a placa, mesmo placas pequenas podem causar um infarto
Além disso, numa avaliação cardiológica adequada, verifica-se não apenas a questão funcional momentânea, mas também o risco futuro daquela pessoa desenvolver um problema cardíaco. Nesta avaliação complementar é necessária averiguação do perfil lipídico, obesidade, grau de hipertensão, histórico familiar, diabetes, entre outros fatores, como hábitos de fumar e de fazer atividades físicas regulares. Tudo isto é ponderado para uma análise do risco de cada pessoa. Essa avaliação auxilia na indicação dos principais cuidados que devem ser adotados individualmente para a prevenção.
Confira a aula preparada pelo Dr. Felipe Simão CRM-SC 1487 – Prevenção de Doenças Cardiovasculares:
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