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Medicina Nuclear no Diagnóstico de Infarto. – Por *Dr. Aurélio Pacheco Costa Filho CRM-SC 5182 Cardiologia RQE 1919 Medicina Nuclear RQE 2152
O uso da Medicina Nuclear no diagnóstico de infarto do miocárdio vem crescendo em razão das vantagens que proporciona aos pacientes e às instituições de Saúde. Afinal, todos os anos, cerca de 200 mil brasileiros são vítimas de infarto, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. (mais…)
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Doenças do coração são as que mais fazem vítimas no Brasil e no mundo. Apesar do número crescente de mortes e das graves consequências que elas podem trazer, os riscos e complicações da cirurgia cardíaca ainda despertam mais preocupação nos pacientes do que a própria doença. Talvez, essa reação se explique porque, diferente da doença, a cirurgia cardíaca, como outras, é um “risco com hora marcada”.
Riscos da Cirurgia Cardíaca
Riscos e complicações estão associados a qualquer cirurgia, incluindo a cirurgia cardíaca. No entanto, estes riscos são considerados menores se comparados àqueles da própria doença do paciente.
Em alguns casos, na doença coronariana, o paciente tem risco de morte súbita, aquela sem aviso prévio, sem sinais e sintomas importantes. O mesmo se aplica aos casos de aneurisma de aorta. Muitas pessoas, com diagnóstico do problema e com indicação de cirurgia postergam o procedimento, com medo. No entanto, o rompimento de um aneurisma da aorta é extremamente grave e pode ser fatal. Quantificar esse risco e conviver com a doença é extremamente difícil e delicado.
Muitas vezes, as pessoas associam o risco da cirurgia ao medo da anestesia geral. No entanto, a anestesia geral evoluiu muito ao longo dos anos e é, atualmente, muito segura. Técnicas modernas, consulta pré-anestésica e recursos de monitoramento contínuo do paciente eliminam a imagem do passado.
Diante da indicação de uma cirurgia cardíaca, quanto mais precoce o procedimento for realizado, melhor. Uma cirurgia bem planejada é mais segura, assim como também é melhor o prognóstico do paciente. Caso contrário, quando o procedimento é postergado, complicações e sequelas inerentes à própria doença poderão surgir. O estado de saúde do paciente pode se agravar e, com isso, os riscos durante a cirurgia cardíaca também aumentam.
Fatores Agravantes na Cirurgia
Entre os fatores que contribuem para o risco da cirurgia cardíaca, o principal é a qualidade da contratilidade do coração. Ou seja, a força com que o órgão contrai. Se o coração contrai mal, a cirurgia tem mais riscos. Se contrai bem, tem menos. Por isso, o ecocardiograma é geralmente solicitado na rotina pré-operatória da cirurgia cardíaca. É o exame indicado para avaliar o movimento e a contratilidade do coração.
Um ponto interessante e que vale a pena ser ressaltado é que o número de pontes não significa gravidade ou risco cirúrgico. Assim, em uma cirurgia de revascularização do miocárdio, um paciente que recebeu 5 pontes não é necessariamente mais grave do que outro com 2 pontes. A gravidade e o risco da cirurgia cardíaca independem da quantidade de pontes.
Quando à idade, isoladamente não é fator de risco para a cirurgia cardíaca. Pacientes jovens, adultos ou idosos não tem na idade um fator de maior ou de menor risco cirúrgico. Porém, a condição de saúde geral do paciente sim, essa é determinante. Se o paciente apresenta doenças associadas, como diabetes, disfunção renal, disfunção respiratória ou disfunção cerebral, por exemplo, o risco cirúrgico aumenta. E, nesses casos, tanto o risco de complicações quanto de morte.
Percepção sobre o Risco da Cirurgia Cardíaca
Inovações nas técnicas cirúrgicas, nos recursos e nos cuidados pré e pós-operatórios contribuíram muito com o sucesso das cirurgias cardiovasculares. Antigamente, as cirurgias cardíacas eram consideradas de alto risco. Hoje, não é mais assim.
Os riscos da cirurgia cardíaca são baixos, apesar de variarem de acordo com a condição de saúde geral de cada paciente. A mortalidade da cirurgia de revascularização do miocárdio é de cerca de 1,4%.
No entanto, devemos ter sempre em mente a avaliação entre o risco da doença e o risco do procedimento. Por exemplo: se determinado paciente apresenta risco de 50% a 70% de mortalidade cirúrgica, é porque a sua doença apresenta 100% de risco. Ao contrário, quando os riscos são maiores que os da própria doença, a cirurgia não possui indicação.
Além disso, com o avanço de procedimentos por mini-incisão ou mesmo endovasculares, a percepção geral é de que, quanto menor a incisão, menor o risco. Isso nem sempre é verdadeiro. Cada abordagem deve ser analisada de acordo com cada caso. Por vezes, mesmo com maior incisão, a cirurgia cardíaca convencional é o tratamento de escolha. Em outros casos, a mini-incisão pode ser utilizada com segurança. Assim, é fundamental avaliar cada paciente de forma individualizada.
Cada paciente é único. Por isso, avaliar a doença que ele apresenta e seu estado geral são os meios mais seguros de quantificar os riscos da cirurgia cardíaca.
Leia mais sobre os riscos da cirurgia cardíaca no post: Riscos de Infecção na Cirurgia Cardíaca.
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