Riscos da Cirurgia Cardíaca

Riscos da Cirurgia Cardíaca

Doenças do coração são as que mais fazem vítimas no Brasil e no mundo. Apesar do número crescente de mortes e das graves consequências que elas podem trazer, os riscos e complicações da cirurgia cardíaca ainda despertam mais preocupação nos pacientes do que a própria doença. Talvez, essa reação se explique porque, diferente da doença, a cirurgia cardíaca, como outras, é um “risco com hora marcada”.

Riscos da Cirurgia Cardíaca

Riscos e complicações estão associados a qualquer cirurgia, incluindo a cirurgia cardíaca. No entanto, estes riscos são considerados menores se comparados àqueles da própria doença do paciente.

Em alguns casos, na doença coronariana, o paciente tem risco de morte súbita, aquela sem aviso prévio, sem sinais e sintomas importantes. O mesmo se aplica aos casos de aneurisma de aorta. Muitas pessoas, com diagnóstico do problema e com indicação de cirurgia postergam o procedimento, com medo. No entanto, o rompimento de um aneurisma da aorta é extremamente grave e pode ser fatal. Quantificar esse risco e conviver com a doença é extremamente difícil e delicado.

Muitas vezes, as pessoas associam o risco da cirurgia ao medo da anestesia geral. No entanto, a anestesia geral evoluiu muito ao longo dos anos e é, atualmente, muito segura. Técnicas modernas, consulta pré-anestésica e recursos de monitoramento contínuo do paciente eliminam a imagem do passado.

Diante da indicação de uma cirurgia cardíaca, quanto mais precoce o procedimento for realizado, melhor. Uma cirurgia bem planejada é mais segura, assim como também é melhor o prognóstico do paciente. Caso contrário, quando o procedimento é postergado, complicações e sequelas inerentes à própria doença poderão surgir. O estado de saúde do paciente pode se agravar e, com isso, os riscos durante a cirurgia cardíaca também aumentam.

Fatores Agravantes na Cirurgia

Entre os fatores que contribuem para o risco da cirurgia cardíaca, o principal é a qualidade da contratilidade do coração. Ou seja, a força com que o órgão contrai. Se o coração contrai mal, a cirurgia tem mais riscos. Se contrai bem, tem menos. Por isso, o ecocardiograma é geralmente solicitado na rotina pré-operatória da cirurgia cardíaca. É o exame indicado para avaliar o movimento e a contratilidade do coração.

Um ponto interessante e que vale a pena ser ressaltado é que o número de pontes não significa gravidade ou risco cirúrgico. Assim, em uma cirurgia de revascularização do miocárdio, um paciente que recebeu 5 pontes não é necessariamente mais grave do que outro com 2 pontes. A gravidade e o risco da cirurgia cardíaca independem da quantidade de pontes. 

Quando à idade, isoladamente não é fator de risco para a cirurgia cardíaca. Pacientes jovens, adultos ou idosos não tem na idade um fator de maior ou de menor risco cirúrgico. Porém, a condição de saúde geral do paciente sim, essa é determinante. Se o paciente apresenta doenças associadas, como diabetes, disfunção renal, disfunção respiratória ou disfunção cerebral, por exemplo, o risco cirúrgico aumenta. E, nesses casos, tanto o risco de complicações quanto de morte.

Percepção sobre o Risco da Cirurgia Cardíaca

Inovações nas técnicas cirúrgicas, nos recursos e nos cuidados pré e pós-operatórios contribuíram muito com o sucesso das cirurgias cardiovasculares. Antigamente, as cirurgias cardíacas eram consideradas de alto risco. Hoje, não é mais assim. 

Os riscos da cirurgia cardíaca são baixos, apesar de variarem de acordo com a condição de saúde geral de cada paciente. A mortalidade da cirurgia de revascularização do miocárdio é de cerca de 1,4%.

No entanto, devemos ter sempre em mente a avaliação entre o risco da doença e o risco do procedimento. Por exemplo: se determinado paciente apresenta risco de 50% a 70% de mortalidade cirúrgica, é porque a sua doença apresenta 100% de risco. Ao contrário, quando os riscos são maiores que os da própria doença, a cirurgia não possui indicação.

Além disso, com o avanço de procedimentos por mini-incisão ou mesmo endovasculares, a percepção geral é de que, quanto menor a incisão, menor o risco. Isso nem sempre é verdadeiro. Cada abordagem deve ser analisada de acordo com cada caso. Por vezes, mesmo com maior incisão, a cirurgia cardíaca convencional é o tratamento de escolha. Em outros casos, a mini-incisão pode ser utilizada com segurança. Assim, é fundamental avaliar cada paciente de forma individualizada.

Cada paciente é único. Por isso, avaliar a doença que ele apresenta e seu estado geral são os meios mais seguros de quantificar os riscos da cirurgia cardíaca.

Leia mais sobre os riscos da cirurgia cardíaca no post: Riscos de Infecção na Cirurgia Cardíaca.

CTA-cirurgia-cardiaca-orientacoes-aos-pacientes

 

Cirurgia Cardíaca em Mulheres

Cirurgia Cardíaca em Mulheres

Por Dr. Luís Enrique Vargas Portugal (CRM-SC 11295 RQE 5389), Cirurgião Cardiovascular da equipe Seu Cardio

As doenças cardiovasculares tiram a vida de quase 350 mil pessoas ao ano no Brasil. Desse total, 30% correspondem às mulheres. Essa é também a primeira causa de morte entre elas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, superando o índice de câncer de mama e útero juntos.   (mais…)

Cuidados com Marcapassos em Outras Cirurgias

Cuidados com Marcapassos em Outras Cirurgias

Um questionamento comum de nossos pacientes portadores de marcapassos, ressincronizadores e CDIs é sobre as restrições de marcapassos em outras cirurgias. E a possibilidade de realizarem uma cirurgia, seja ela qual for. Plástica, bariátrica, vascular, próstata, enfim, em geral não há restrições pelo uso de marcapasso ou dispositivos afins a qualquer cirurgia. Porém, cada caso é um caso, e informar-se com o Cirurgião Cardiovascular que fez seu implante, é fundamental. Saiba por quê.
(mais…)

Mini incisão em cirurgias cardíacas: benefícios e aplicações

Mini incisão em cirurgias cardíacas: benefícios e aplicações

Em vídeo, o Cirurgião Cardiovascular chefe da equipe Seu Cardio, Dr. Sergio Lima de Almeida (CRM-SC 4370 RQE 5893) fala sobre os benefícios da técnica cirúrgica de mini incisão no tratamento de Estenose Aórtica. Confira!

Entre os constantes avanços da medicina está a técnica de mini incisão na Cirurgia Cardíaca. Esta abordagem vem ganhando destaque, especialmente no tratamento de estenose aórtica. Com estatísticas praticamente iguais às das cirurgias convencionais em termos de riscos e resultados, a técnica de mini incisão vem demonstrando ser extremamente segura.

Mini Incisão na Troca Valvar

A opção pela mini incisão nas cirurgias de troca valvar oferece grande benefício aos pacientes. Entre eles, menor incidência de dor no pós-operatório, recuperação consideravelmente mais rápida e o resultado estético bastante satisfatório, quando comparado ao obtido a partir da cirurgia convencional.

A técnica consiste em uma mini incisão de aproximadamente 8cm na região central do tórax, onde é feita uma miniesternotomia. Através desta uma pequena abertura no osso Esterno, é realizada a cirurgia de troca válvula aórtica com a mesma segurança das cirurgias convencionais.

A equipe Seu Cardio, responsável pelo serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital SOS Cárdio, está adotando esta técnica como rotina. Os resultados apresentam-se bastante positivos. Os pacientes apresentam uma evolução bastante favorável no pós operatório, com menor tempo de internação em UTI, recuperação mais rápida e muito efetiva. Desta forma, a cirurgia cardíaca minimamente invasiva permite que os pacientes retomem a sua rotina normal mais cedo.

Confira os benefícios da Mini Incisão em Cirurgias Cardíacas:

Para ter acesso aos materiais educativos elaborados pela equipe Seu Cardio, acesse a nossa página de Materiais Educativos aqui. Para receber novidades sobre saúde e tratamentos do coração, clique aqui e cadastre-se para receber nossa newsletter.

Para saber mais sobre a Estenose Aórtica, suas causas, sintomas e opções de tratamento, acesse o nosso ebook gratuito sobre o tema:

CTA do ebook gratuito sobre causas, sintomas e opções de tratamento para estenose aórtica, produzido pela equipe Seu Cardio, de cirurgia cardiovascular.