Pericardite: tipos, sintomas e tratamento 

Pericardite: tipos, sintomas e tratamento 

A pericardite é uma inflamação no pericárdio, membrana que reveste o coração. De acordo com a I Diretriz Brasileira de Miocardites e Pericardites, não existem dados epidemiológicos oficiais no Brasil referentes ao comprometimento pericárdico. 

Os dados referentes a serviços de emergência mostram que 5% dos pacientes com queixa de dor torácica nos quais foi afastada insuficiência coronariana aguda e 1% daqueles com supradesnível de segmento ST tinham pericardite aguda. 

Como acontece a Pericardite 

Para entender melhor o que é a pericardite, é importante conhecer um pouco sobre o pericárdio. 

O coração é revestido por uma membrana que garante a sua posição ideal para bater de forma eficiente. Essa membrana recebe o nome de pericárdio, uma estrutura fibro-serosa em forma de saco que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos sanguíneos. 

Além de conferir estabilidade, o pericárdio produz um líquido que fica entre o coração e a membrana, com o objetivo de reduzir o atrito das batidas do coração. 

A pericardite acontece quando há uma inflamação do pericárdio. Ela se dá em duas formas: aguda e crônica. 

Pericardite Aguda 

A pericardite aguda ocorre de maneira repentina, com dor no peito, muitas vezes de forte intensidade e, em alguns casos, acompanhada de um quadro febril. As causas mais comuns são infecciosas, transmitidas por vírus e bactérias. Entre os vírus mais frequentes, destacam-se enterovírus, ecovírus, epstein barr, herpes simples, influenza e citomegalovírus. 

“Quando a causa é viral, o tratamento é sintomático para diminuição da dor. Para tratar o processo inflamatório, são usados medicamentos anti-inflamatórios.” – explica Dr. Jamil Cherem Schneider (CRM-SC 3151 / RQE 2874), Cardiologista. 

Na pericardite aguda causada por bactéria, existe a possibilidade de formação de um líquido purulento em torno do coração. Caso isso ocorra, é necessária a realização de uma drenagem, além do uso de antibióticos específicos. 

A principal complicação da pericardite aguda é a formação de líquido em grande quantidade no pericárdio, causando o tamponamento cardíaco. Isso acontece porque o coração fica excessivamente comprimido pela quantidade de líquido ao redor dele. Nesses casos, é preciso fazer uma drenagem imediata. 

Pericardite Crônica 

A pericardite crônica é caracterizada pela evolução lenta e gradual do processo inflamatório. Em muitos casos, é assintomática. Os sintomas só aparecem quando já existe uma quantidade maior de líquido no pericárdio. Assim, a possibilidade de ocorrer um derrame pericárdico com quantidade de líquido mais expressiva é maior. 

“Forma-se uma quantidade maior de líquido entre o pericárdio e o coração, o que dificulta o enchimento de sangue no coração. O coração vai ficar um pouco comprimido, pela quantidade de líquido, e essa dificuldade de enchimento pode levar a sintomas de insuficiência cardíaca.” – explica Dr. Jamil Schneider. 

Entre os sintomas da pericardite crônica, pode-se citar falta de ar e inchaço nas pernas, no abdômen e no fígado. 

A pericardite crônica também pode evoluir para o tamponamento cardíaco, à medida que a quantidade de líquido aumenta. No entanto, por conta do lento processo de evolução, o coração vai se acomodando de uma maneira melhor. Diferente da forma aguda, quando a formação de líquido pode ser mais rápida e o coração não tem tempo suficiente para se adaptar. 

O tratamento da pericardite crônica vai depender da causa. Algumas doenças como insuficiência renal, hipotireoidismo e infecções por vírus, bactérias e fungos, por exemplo, podem levar à forma crônica. No Brasil, a tuberculose também é uma causa frequente. Com o conhecimento da causa, o cardiologista indica o melhor tratamento, geralmente medicamentoso, para evitar complicações. 

Quando procurar um médico? 

A pericardite, tanto aguda quanto crônica, não necessariamente vai ser fatal, mas pode ser um quadro grave. Por isso, o tratamento da pericardite é fundamental para evitar sua evolução e complicações, bem como para a qualidade de vida do paciente. 

Além disso, Dr. Jamil Schneider alerta que toda dor aguda no tórax deve ser investigada. 

“Toda vez que o paciente tiver uma dor aguda no tórax, deve procurar atendimento cardiológico de emergência para descobrir do que se trata. A pericardite não vai ser fatal imediatamente, mas o infarto pode ser fatal. Então, é importante que haja essa diferenciação toda vez que se tem uma dor torácica aguda.” – Dr. Jamil Cherem Schneider (CRM-SC 3151 / RQE 2874), Cardiologista. 

Diante de sintomas, busque orientação médica. A pericardite pode representar um quadro de saúde importante e requer cuidados. O diagnóstico precoce e o correto tratamento podem ser decisivos para a sua saúde. 

*Dr. Jamil Cherem Schneider (CRM-SC 3151 / RQE 2874) é Cardiologista Clínico e Professor de Cardiologia da UNISUL. Com mais de 30 anos de atuação em Cardiologia, atua nas clínicas Hemocordis e Prevencordis e no Hospital SOS Cárdio, todos em Florianópolis/SC.

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Doenças Valvares: Mitral e Aórtica

Doenças Valvares: Mitral e Aórtica

As válvulas cardíacas funcionam como quatro portas que permitem a passagem do sangue apenas no sentido correto da circulação. No entanto, as doenças valvares podem prejudicar seu funcionamento e comprometer a função cardíaca.

Valvas Cardíacas: Mitral e Aórtica

Localizadas entre as câmaras do coração, o funcionamento adequado das valvas mitral e aórtica garante que o fluxo sanguíneo siga no sentido correto. Elas se abrem à passagem do sangue e se fecham para eventuais refluxos. 

Diante de doenças valvares, o funcionamento fica prejudicado, fazendo com que a abertura e o fechamento das valvas cardíacas fique comprometido. 

Doenças Valvares

Várias doenças podem comprometer as valvas do coração. Tanto as adquiridas, como no caso da febre reumática, como as degenerativas, que podem derivar de um condicionamento genético. Essas doenças levam a dois defeitos principais: podem obstruir as valvas (estenose valvar) ou torná-las incompetentes (insuficiência valvar). 

Tratamento das Doenças Valvares

Atualmente, existem diversas formas de tratamento para as doenças valvares. O avanço das técnicas cirúrgicas na área da Cardiologia permite que pessoas em situação de gravidade possam ser tratadas de forma eficaz e segura.

Para abordar o tema de forma detalhada, preparamos um e-book gratuito: Doenças Valvares: Mitral e Aórtica. Neste material, explicamos as doenças mais comuns das valvas cardíacas, assim como as principais indicações de tratamentos para cada tipo de doença. 

Você pode baixar o material gratuito no botão abaixo:

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Este material foi preparado pela equipe Seu Cardio, de Cirurgia Cardiovascular. As informações tem caráter educativo e não substituem as orientações do seu médico. Esperamos que as informações sejam úteis a você!

Boa leitura!

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Febre Reumática e Doenças do Coração

Febre Reumática e Doenças do Coração

O termo Febre Reumática está diretamente relacionado a dois sintomas que essa enfermidade pode causar: febre e reumatismo (dor nas articulações). No entanto, essa doença inflamatória, que costuma atingir crianças de 3 a 15 anos de idade, pode afetar, além das articulações, outros órgãos, como a pele, o cérebro e o coração. No caso do coração, pode deixar sequelas por toda a vida e até levar à morte.

 As Válvulas Cardíacas são as únicas estruturas que ficam com sequelas após a Febre Reumática, como insuficiência valvar e/ou estenose valvar, colocando a vida das pessoas em risco. Se não for prevenida ou tratada a tempo, a Febre Reumática pode fazer com que até mesmo crianças tenham que passar por cirurgias de reparo e para troca de válvulas, especialmente nas posições mitral e aórtica” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858). 

Abaixo, o Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858), explica como a Febre Reumática é provocada. Aborda, também, quais os riscos e como se proteger da doença.

Como acontece a Febre Reumática?

A Febre Reumática está muito associada às condições sanitárias e de acesso aos serviços de saúde. Ela tem início através de uma infecção respiratória provocada por algumas bactérias do grupo Streptococcus, muito comuns em nosso dia a dia. Tanto as amigdalites como as faringoamigdalites estreptocócicas podem ser o fator desencadeante da febre reumática.

As infecções na garganta têm um início bastante comum. Essa característica pode fazer com que o diagnóstico de Febre Reumática não seja feito de imediato. Clinicamente, as manifestações são:

  • Febre; 
  • Dor de garganta;
  • Caroços no pescoço (gânglios aumentados); 
  • Vermelhidão intensa, pontos vermelhos ou placas de pus na garganta.

Predisposição Genética

Apesar de comum, nem todas as crianças com infecções de garganta provocada por Streptococcus irão desenvolver Febre Reumática. Existem pessoas que sofreram com esse quadro inúmeras vezes ao longo da infância e da vida, e nunca tiveram Febre Reumática. Para desenvolvê-la, então, é necessário ter uma predisposição genética. 

 Para que a infecção na garganta possa evoluir para Febre Reumática, é preciso que a pessoa tenha uma característica particular no próprio organismo, que permita com que ela desenvolva uma reação imunológica anômala e faça com que a doença atinja outros órgão, como o cérebro e o coração. A predisposição necessária para apresentar a doença é herdada dos pais e já nasce com a criança– Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

Manifestações da Febre Reumática

Como vimos, nem todas as pessoas com infecções de garganta provocadas por Streptococcus irão desenvolver Febre Reumática. No entanto, aqueles que possuem histórico de doença  na família devem ficar muito atentos.

Em geral, as manifestações da Febre Reumática tendem a surgir entre uma a três semanas após a infecção de garganta. Elas costumam envolver: 

Artrite migratória:

Passa de uma articulação para outra após alguns dias. A dor intensa, o inchaço e o calor provocam dificuldades para caminhar. Joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos são as articulações mais acometidas. Já quando a manifestação é cerebral, no caso a Coréia, esta pode levar meses para surgir. 

Cardite:

Inflamação em uma ou mais das três camadas do coração (na membrana que o reveste, no músculo e no tecido que recobre as válvulas). Pode ser diagnosticada clinicamente pelo sopro cardíaco, pelo aumento da freqüência dos batimentos do coração e pelas queixas de cansaço e batedeira aos esforços.

 Trata-se da manifestação mais importante. Pode deixar sequelas nas válvulas, que não conseguem mais abrir ou fechar direito. Dessa forma, limitam a vida do paciente – mesmo os mais jovens” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

Coréia:

Coréia é o nome de uma manifestação no Sistema Nervoso Central. É caracterizada por mudanças bruscas de humor, fraqueza nos braços e pernas, e por movimentos involuntários que pioram quando a criança fica tensa e que desaparecem durante o sono.

Importante: Nem toda criança com Febre Reumática apresenta febre como sintoma, especialmente após o quadro de infecção na garganta ter cessado. Os problemas articulares e cardíacos se manifestam mais próximo ao episódio de infecção na garganta. Porém, no Sistema Nervoso Central, podem se manifestar muito tempo após o quadro infeccioso ter cessado.

Diagnóstico de Febre Reumática

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento da febre reumática e para impedir possíveis sequelas no coração. Ele é, por essência, clínico. Não existe, ainda hoje, um teste laboratorial com marcador específico para a doença. Amigdalite e faringite podem indicar contato com a bactéria Streptococcus e devem ser observadas com atenção.

 Os critérios clínicos para diagnóstico da Febre Reumática existem desde 1942. Passaram por revisão em 1992 e, a última, em 2015, incluiu o Ecocardiograma como ferramenta para diagnosticar lesões já existentes antes mesmo da ausculta” –  Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858). 

Tratamento da Febre Reumática

O tratamento da Febre Reumática é feito com penicilina. Trata-se de um antibiótico que deveria ser de fácil acesso, mas que pode não ser para pessoas que vivem em comunidades interioranas, por exemplo. O tratamento deve ser realizado o quanto antes, mesmo que a infecção na garganta tenha acontecido há mais de 3 semanas.

 “A forma mais eficaz de tratamento é a penicilina injetável, que age por vários dias. No tratamento oral, as pessoas podem acabar esquecendo de tomar a medicação e ficarem expostas. A eficácia do tratamento injetável costuma ser bastante alta. Tem por objetivo eliminar as bactérias o mais rápido possível e, assim, impedir a exposição do organismo a ela . Com isso, evita-se o desenvolvimento da reação imunológica que pode atingir as valvas cardíacas, por exemplo” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

A artrite, dependendo do diagnóstico médico, poderá ser tratada com anti-inflamatórios não hormonais, por algumas semanas. Para o tratamento da Coréia – também de acordo com avaliação médica – o haloperidol ou o ácido valpróico podem ser indicados até os movimentos cessaram.  

Já para o comprometimento do coração, recomenda-se o acompanhamento de um cardiologista. Ele poderá prescrever doses específicas de corticoide para o tratamento. Nos casos mais graves, a cirurgia cardiovascular pode ser necessária. Ela pode reparar as valvas (plastia) ou a substituir a valva nativa danificada por uma prótese biológica ou mecânica pode ser necessário” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

 

Por quanto tempo tomar a Penicilina?

Ainda não existe uma vacina para prevenir a Febre Reumática. Por isso, aqueles que possuem histórico de doença na família devem ficar muito atentos. Diferente de outras doenças em que o paciente adquire imunidade parcial ou total após o primeiro evento, a Febre Reumática pode ser recorrente diversas vezes ao longo da vida. Assim, pode deteriorar cada vez mais as valvas cardíacas – podendo ser necessária cirurgia para plastia ou troca valvar.

  • Prevenção primária: Envolve desde medidas de higiene básicas, como lavar as mãos corretamente e evitar contato com pessoas doentes, até a adoção de políticas de saneamento e saúde mais complexas, com diagnóstico e tratamento precoces de infecções suspeitas de serem causadas por estreptocócica. O ideal é evitar o contato com a bactéria. Em casos suspeitos, não deixar que as infecções de garganta por Streptococcus possam evoluir – especialmente em pessoas que possuem histórico familiar da doença.
  • Prevenção secundária: Uma vez que a Febre Reumática foi diagnosticada e que pode acontecer várias vezes ao longo da vida, é muito importante que as pessoas que já adquiriram a doença realizem a prevenção secundária. Especialmente quem trabalha e convive com aglomerado de pessoas e/ou pessoas doentes diariamente ou com muita frequência. É o caso de professores, profissionais da saúde e militares, por exemplo.

Se, após o episódio de Febre Reumática, a criança não apresentou comprometimento do coração, ela deverá tomar penicilina até os 21 anos ou por, no mínimo, 5 anos após o diagnóstico, caso seja um adolescente. Já as crianças com comprometimento do coração poderão ter que fazer isso até os 25 anos ou por toda a vida. A conduta depende da gravidade do quadro e do grau de exposição que possuem” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

Sobre o autor:

Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858). Formou-se pela Universidade Federal de Santa Catarina (1974 – 1979), foi Médico do Hospital Universitário (1983 – 2015) e Professor colaborador da UFSC (1988 – 2008). Cursou Residência Médica em Pediatria no Hospital Infantil Joana de Gusmão em Florianópolis,SC, e Especialização em Cardiologia Pediátrica, Ecocardiografia e Aperfeiçoamento em Recuperação Cardíaca em Pós-Operatório Infantil no Instituto do Coração, (INCOR), em São Paulo. Mestrado em Ciências Médicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998 – 2000), Mestrado em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2013-2016) e Doutorado em Ciências Médicas (2010-2015) pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Diretor geral no Hospital Infantil Joana de Gusmão (2003 a 2011 e 2017-2018), Dr. Maurício Laerte também possui experiências internacionais. No National Institute of Child Health and Human Development, NICHD,Wayne State University Hospital,  em Detroit, Michigan, Estados Unidos, realizou Aperfeiçoamento em Cardiologia Fetal, no programa de Perinatal Research Post Doctoral Fellowship (1993-1994). Na Georgetown University, GU, em Washington DC, Estados Unidos, realizou Aperfeiçoamento em Cardiologia Fetal, no programa de Perinatal Research Post Doctoral Fellowship(1994-1995), complementado em Santiago, Chile , no Hospital Sótero Del Rio(1994-1995).

 

 

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Aneurisma da Aorta Torácica: Diagnóstico e Tratamento

Aneurisma da Aorta Torácica: Diagnóstico e Tratamento

O Aneurisma da Aorta Torácica atinge cerca de 5% dos brasileiros. A doença é silenciosa e grave. Quando não tratada, leva ao rompimento da aorta, que pode levar à morte em muitos casos. Por isso, o diagnóstico e o acompanhamento médico são fundamentais. Neste texto, explicamos sobre o que é o aneurisma da aorta, como é realizado o diagnóstico e quais são as opções de tratamento. 

O que é Aneurisma da Aorta?

O Aneurisma da Aorta Torácica é uma dilatação progressiva que acontece em um ou mais segmentos da aorta. Essa dilatação leva ao enfraquecimento de sua parede. Uma vez distendida, torna-se cada vez mais fina, com risco progressivo de ruptura. Por isso, o aneurisma da aorta é grave e requer acompanhamento periódico. A ruptura de um aneurisma da aorta requer intervenção imediata, pois há risco à vida.

As principais causas do aneurisma da aorta estão associadas à aterosclerose. Os fatores de risco são os mesmos da doença coronariana: fumo, diabetes, hipertensão, colesterol e história familiar. O diagnóstico precoce, o tratamento e o acompanhamento médico são essenciais para evitar o rompimento da aorta, complicação principal do aneurisma.

Diagnóstico do Aneurisma da Aorta

Muitas vezes, o Aneurisma da Aorta Torácica é identificado durante exames médicos não relacionados à doença. É comum o diagnóstico ser realizado em exames como radiografia ou ultrassom por outro motivo, sem que o paciente tenha qualquer sintoma.

No entanto, devido à gravidade de uma possível ruptura do aneurisma da aorta, é essencial o diagnóstico precoce. É imprescindível o exame clínico, tanto na região torácica quanto abdominal, em pacientes acima de 50 anos.

Em caso de suspeita da dilatação da aorta, exames como raio-x de tórax, ecocardiograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética são os mais indicados. Hipertensos, fumantes e pessoas com colesterol alto, aterosclerose ou histórico familiar devem receber atenção especial. Acompanhar com o Cardiologista Clínico é importante.

Formas de Tratamento do Aneurisma da Aorta

A aorta é o maior vaso do corpo humano. Ao sair do coração, distribui o sangue inicialmente para as artérias da cabeça e membros superiores. Depois, segue levando o sangue para todo o restante do corpo.

Por se tratar de um grande vaso, é dividida entre aorta ascendente, arco aórtico, aorta descendente e aorta abdominal. Dependendo do tamanho e da localização, o Aneurisma da Aorta Torácica possui diferentes formas de abordagem e tratamento:

 

Aneurisma de Aorta Ascendente e Arcos Associados:  

Na maioria das vezes, o tratamento de aneurisma da aorta ascendente ou de arcos associados requer uma cirurgia aberta. No procedimento, a abordagem costuma ser a substituição da área do aneurisma por uma prótese tubular.

 

Aneurismas da Aorta Torácica Descendente e da Aorta Abdominal:

Os aneurismas da aorta descendente e da aorta abdominal recebem outra abordagem. São tratados por cirurgia endovascular, um procedimento minimamente invasivo. Neste procedimento, é realizado o implante de uma endoprótese no local do aneurisma, através de um cateter inserido na artéria da região inguinal.

 

O diagnóstico precoce e o acompanhamento com o Cardiologista Clínico são fundamentais para o controle do avanço do aneurisma da aorta. É o Cardiologista também quem irá identificar a necessidade de encaminhar o paciente para o tratamento. A definição entre cirurgia aberta ou endovascular dependerá da localização do aneurisma e da avaliação individual de cada caso.

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco!

 

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