por Equipe Seu Cardio | Blog, Cirurgia Cardíaca, Válvulas
Várias doenças podem comprometer as valvas do coração, conhecidas também como válvulas cardíacas. Os problemas podem levar à sua obstrução ou insuficiência, ou uma combinação das duas coisas. Assim, acabam determinando um quadro de insuficiência valvar cardíaca. Nesta circunstância, pode ser necessária uma cirurgia para plastia ou troca da válvula cardíaca. A determinação do procedimento varia de acordo com a valva acometida: mitral, tricúspide ou aórtica.
Plastia ou Troca da Válvula Mitral
Dúvida comum entre pacientes que irão passar pelo tratamento, a cirurgia da válvula mitral pode ser plastia ou troca. A plastia preserva a valva nativa. É como uma plástica, que repara os tecidos ou estruturas da base, visando com que ela retorne seu funcionamento normal. Quando as condições não permitem a plastia, a valva mitral é trocada por uma prótese, que pode ser biológica ou mecânica.
A escolha entre plastia ou troca da válvula mitral é, geralmente, determinada pela doença de base que levou o paciente a necessitar do tratamento. Nos casos de doenças infecciosas (endocardites) e doenças reumáticas (febre reumática), que debilitam e danificam o tecido da válvula mitral, a indicação inicial é a cirurgia de troca. Esta conduta independente da idade do paciente.
Já a plastia da valva mitral está indicada para pacientes que apresentam doenças degenerativas. Isso inclui idosos e pessoas na faixa de idade entre 35 e 40 anos. No entanto, existem determinados casos em que, apesar da plastia ser indicada no primeiro momento, durante o procedimento cirúrgico poderá ser constatada a necessidade da troca da válvula mitral.
Plastia da Válvula Tricúspide
Quando a doença valvar impacta no funcionamento do coração, é preciso avaliar o funcionamento da válvula tricúspide. Na presença de insuficiência significativa nessa válvula, a plastia da válvula tricúspide é realizada conjuntamente com a cirurgia da válvula mitral, independente do tipo de procedimento indicado. A combinação das duas cirurgias resulta no aumento da longevidade do paciente e melhora no desempenho hemodinâmico do coração.
Troca da Válvula Aórtica
Assim como na valva mitral, cardiopatias congênitas, doenças reumáticas, infecções ou causas degenerativas dos tecidos (relacionadas ao envelhecimento) também são causas de problemas na válvula aórtica. No entanto, o tratamento é diferente.
Em geral, a recomendação para o tratamento das doenças da válvula aórtica é a sua troca. A substituição pode ser realizada tanto por uma prótese mecânica quanto biológica. A escolha do tipo de prótese para substituição da válvula cardíaca nativa dependerá de uma avaliação conjunta do paciente e seu cirurgião cardiovascular.
Converse com seu cirurgião cardiovascular e esclareça suas dúvidas sobre a possibilidade de plastia ou troca da válvula cardíaca. Você também pode contar conosco!
por Equipe Seu Cardio | Blog, Coronária, Fatores de Risco e Prevenção
Diabetes e doença cardíaca – Por *Dr. Jamil Cherem Schneider CRM-SC 3151 RQE 2874
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o Diabetes como a terceira principal causa de morte em todo o mundo. No entanto, a doença está relacionada à maior incidência de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte. Dentre as doenças cardiovasculares, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral lideram as estatísticas. (mais…)
por Equipe Seu Cardio | Blog, Fatos e Mitos
Medicina, economia e humanismo – * Por Dr. Murillo Capella, Cirurgião Pediátrico – CRM-SC 425
Há mais de 50 anos atuando como médico em Florianópolis, acompanhei a evolução da Medicina. Certa vez, assisti a uma palestra do Presidente da Associação Médica Americana, pronunciada no Senado Federal, que relacionava a saúde com a economia. Chamou a atenção quando ele afirmou que é preciso adequar a oferta de serviços de saúde à disponibilidade econômico-financeira das instituições e do país. Exemplificou dizendo que um determinado hospital deverá dispor de equipamentos e de profissionais conforme o seu orçamento. Em paralelo, deverá realizar esforços buscando aumentar esse orçamento para acompanhar a evolução tecnológica da medicina. Assim, em resumo, sem dinheiro e sem boa gestão não existe saúde. (mais…)
por Equipe Seu Cardio | Blog, Fatos e Mitos, Notícias
O Cirurgião Cardiovascular Sergio Lima de Almeida – CRM-SC 4370 RQE 5893, chefe do Serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis, expõe as novidades no tratamento humanizado das doenças do coração, em artigo publicado pelo Notícias do Dia. Confira: (mais…)
por Equipe Seu Cardio | Blog, Coronária, Fatores de Risco e Prevenção, Fatos e Mitos, Insuficiência Cardíaca
Doenças do coração são as que mais fazem vítimas no Brasil e no mundo. Apesar do número crescente de mortes e das graves consequências que elas podem trazer, os riscos e complicações da cirurgia cardíaca ainda despertam mais preocupação nos pacientes do que a própria doença. Talvez, essa reação se explique porque, diferente da doença, a cirurgia cardíaca, como outras, é um “risco com hora marcada”.
Riscos da Cirurgia Cardíaca
Riscos e complicações estão associados a qualquer cirurgia, incluindo a cirurgia cardíaca. No entanto, estes riscos são considerados menores se comparados àqueles da própria doença do paciente.
Em alguns casos, na doença coronariana, o paciente tem risco de morte súbita, aquela sem aviso prévio, sem sinais e sintomas importantes. O mesmo se aplica aos casos de aneurisma de aorta. Muitas pessoas, com diagnóstico do problema e com indicação de cirurgia postergam o procedimento, com medo. No entanto, o rompimento de um aneurisma da aorta é extremamente grave e pode ser fatal. Quantificar esse risco e conviver com a doença é extremamente difícil e delicado.
Muitas vezes, as pessoas associam o risco da cirurgia ao medo da anestesia geral. No entanto, a anestesia geral evoluiu muito ao longo dos anos e é, atualmente, muito segura. Técnicas modernas, consulta pré-anestésica e recursos de monitoramento contínuo do paciente eliminam a imagem do passado.
Diante da indicação de uma cirurgia cardíaca, quanto mais precoce o procedimento for realizado, melhor. Uma cirurgia bem planejada é mais segura, assim como também é melhor o prognóstico do paciente. Caso contrário, quando o procedimento é postergado, complicações e sequelas inerentes à própria doença poderão surgir. O estado de saúde do paciente pode se agravar e, com isso, os riscos durante a cirurgia cardíaca também aumentam.
Fatores Agravantes na Cirurgia
Entre os fatores que contribuem para o risco da cirurgia cardíaca, o principal é a qualidade da contratilidade do coração. Ou seja, a força com que o órgão contrai. Se o coração contrai mal, a cirurgia tem mais riscos. Se contrai bem, tem menos. Por isso, o ecocardiograma é geralmente solicitado na rotina pré-operatória da cirurgia cardíaca. É o exame indicado para avaliar o movimento e a contratilidade do coração.
Um ponto interessante e que vale a pena ser ressaltado é que o número de pontes não significa gravidade ou risco cirúrgico. Assim, em uma cirurgia de revascularização do miocárdio, um paciente que recebeu 5 pontes não é necessariamente mais grave do que outro com 2 pontes. A gravidade e o risco da cirurgia cardíaca independem da quantidade de pontes.
Quando à idade, isoladamente não é fator de risco para a cirurgia cardíaca. Pacientes jovens, adultos ou idosos não tem na idade um fator de maior ou de menor risco cirúrgico. Porém, a condição de saúde geral do paciente sim, essa é determinante. Se o paciente apresenta doenças associadas, como diabetes, disfunção renal, disfunção respiratória ou disfunção cerebral, por exemplo, o risco cirúrgico aumenta. E, nesses casos, tanto o risco de complicações quanto de morte.
Percepção sobre o Risco da Cirurgia Cardíaca
Inovações nas técnicas cirúrgicas, nos recursos e nos cuidados pré e pós-operatórios contribuíram muito com o sucesso das cirurgias cardiovasculares. Antigamente, as cirurgias cardíacas eram consideradas de alto risco. Hoje, não é mais assim.
Os riscos da cirurgia cardíaca são baixos, apesar de variarem de acordo com a condição de saúde geral de cada paciente. A mortalidade da cirurgia de revascularização do miocárdio é de cerca de 1,4%.
No entanto, devemos ter sempre em mente a avaliação entre o risco da doença e o risco do procedimento. Por exemplo: se determinado paciente apresenta risco de 50% a 70% de mortalidade cirúrgica, é porque a sua doença apresenta 100% de risco. Ao contrário, quando os riscos são maiores que os da própria doença, a cirurgia não possui indicação.
Além disso, com o avanço de procedimentos por mini-incisão ou mesmo endovasculares, a percepção geral é de que, quanto menor a incisão, menor o risco. Isso nem sempre é verdadeiro. Cada abordagem deve ser analisada de acordo com cada caso. Por vezes, mesmo com maior incisão, a cirurgia cardíaca convencional é o tratamento de escolha. Em outros casos, a mini-incisão pode ser utilizada com segurança. Assim, é fundamental avaliar cada paciente de forma individualizada.
Cada paciente é único. Por isso, avaliar a doença que ele apresenta e seu estado geral são os meios mais seguros de quantificar os riscos da cirurgia cardíaca.
Leia mais sobre os riscos da cirurgia cardíaca no post: Riscos de Infecção na Cirurgia Cardíaca.