Sedentarismo: segundo maior fator de risco para mortalidade

Sedentarismo: segundo maior fator de risco para mortalidade

O sedentarismo é caracterizado pela falta ou diminuição das atividade física. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o sedentarismo é considerado o mal do século e um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Um estudo clínico, que se estende ao longo de quase meio século, mostra que o sedentarismo é o segundo maior fator de risco para a mortalidade. Nesse contexto, perde posição apenas para o tabagismo.

Sedentarismo: os perigos da inatividade física

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de exercícios físicos por, pelo menos, 150 minutos por semana. No entanto, a OMS revela que uma, a cada três pessoas, não pratica atividades físicas regularmente. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o corpo humano funciona melhor quando recebe estímulos. Dessa forma, quando o indivíduo é ativo, as funções vitais acontecem de forma regular e com menor desgaste. 

Em contrapartida, o indivíduo sedentário sobrecarrega o organismo, prejudicando o seu funcionamento. Como consequência, ocorre o sobrepeso, a obesidade, além de doenças como diabetes e hipertensão.  

Estudo evidencia riscos do sedentarismo

O estudo conduzido pelo Dr. Per Ladenvall, do Departamento de Biologia Molecular e Medicina Clínica, Sahlgrenska Academy da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e Publicado no European Journal of Preventive Cardiology, é considerado um dos mais longos do seu gênero.

Entitulado ”The dangers of physical inactivity revisited in 45-year study”, foi realizado com o intuito de investigar os fatores de risco do sedentarismo para doenças cardiovasculares e mortalidade. Ao longo de quase meio século, os pesquisadores investigaram a atividade física e seu efeito sobre a expectativa de vida.

A equipe de pesquisadores acompanhou um grupo de 792 homens, por 45 anos. Os participantes eram todos homens de 50 anos de idade quando foram recrutados em Gotemburgo, em 1963. Durante a realização do estudo, foram realizados testes de esforço, ergoespirometria e exames físicos.

De acordo com os índices de VO2, os homens foram divididos em três seções. São elas: 2,00 litros por minuto, 2,26 litros por minuto e 2,56 litros por minuto. No resultado, um claro padrão foi identificado: cada aumento no VO2 max reduziu em 21% o risco de morte durante o curso do estudo. Essa relação se manteve mesmo após o controle de pressão arterial, tabagismo e níveis sérios de colesterol.

O estudo concluiu que o estilo de vida sedentário é associado ao risco aumentado de Diabetes, de doença cardiovascular e de morte. A baixa capacidade aeróbica foi associada ao aumento da mortalidade. Assim, o efeito do sedentarismo sobre a mortalidade é menor apenas que o impacto do fumo.

Nos últimos anos o número de fumantes reduziu significativamente, muito em razão das campanhas antitabagismo. Agora, o próximo desafio é encorajar as pessoas a se manterem ativas.

Mudança de Hábitos no Combate ao Sedentarismo 

Não só uma alimentação regrada garante uma vida saudável. A prática de atividades físicas regular, aliada à dieta, é fundamental para a manutenção da qualidade de vida ideal. 

O estilo de vida atual da maioria das pessoas, com uma rotina corrida, muitas vezes é usado como empecilho para a realização de exercícios físicos. No entanto, como vimos, o sedentarismo pode trazer muitos danos à saúde. Assim, é preciso separar algum momento do dia para a prática de exercícios. 

Para começar, 30 minutos de caminhada diária já são suficientes. Além disso, adotar uma alimentação saudável é capaz de proporcionar uma melhora da qualidade de vida e também a redução do peso, afastando assim, riscos para a saúde. 

Cuide da sua saúde. Adote hábitos saudáveis, entre eles a prática de atividade física. Afinal, agora você já sabe que o sedentarismo é também um importante fator de risco para o coração. 

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Risco de infarto em mulheres fumantes e que usam pílula 

Risco de infarto em mulheres fumantes e que usam pílula 

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres de 30 a 69 anos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, sendo responsável por maior número de mortes do que o câncer. O infarto é segunda doença responsável por essas mortes e o acidente vascular cerebral é a primeira. Estima-se que o risco de morte por infarto em mulheres é 50% maior do que nos homens. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada cinco mulheres adultas estão propensas a desenvolver doenças cardiovasculares. A combinação cigarro e uso da pílula é um dos fatores de risco que contribuem para esse dado alarmante. 

Risco maior de infarto em mulheres fumantes e que usam pílula 

O infarto do miocárdio ocorre quando há obstrução das artérias coronárias, impedindo que o sangue chegue até o músculo cardíaco. Os fatores de risco que podem levar à formação de placas e obstrução das artérias são: 

Nas mulheres, o risco de infarto é duas vezes maior quando a mulher é fumante e usa pílula anticoncepcional. A combinação cigarros e pílula aumenta significativamente o risco de formar coágulos no interior das artérias e veias. Da mesma forma, é importante lembrar que a fumante passiva também apresenta maior risco cardiovascular. 

O cardiologista Jamil Schneider alerta que essa combinação é muito perigosa, principalmente nas mulheres que já possuem um risco cardíaco pré-existente. 

“Mulheres hipertensas e diabéticas, por exemplo, já possuem condições que por si só já aumentam o risco de infarto. Esses dois fatores, quando associados ao cigarro e à pílula anticoncepcional. acabam aumentando ainda mais esse risco” – Dr. Jamil Cherem Schneider (CRM-SC 3151 / RQE 2874), cardiologista em Florianópolis/SC.

De acordo com a OMS, o infarto do miocárdio é mais fatal nas mulheres do que nos homens. Além disso, os sintomas também são diferentes nas mulheres. Enquanto que nos homens prevalece uma forte dor no peito que irradia para os braços, elas costumam sentir náusea, fraqueza, dores gástricas e falta de ar. Sintomas que podem facilmente ser confundidos com outras doenças. 

Trombose, Embolia Pulmonar e AVC 

Além do risco de infarto em mulheres fumantes que usam anticoncepcional ser maior, são maiores também os riscos de outros graves problemas de saúde. 

A trombose venosa é um deles, que ocorre quando há formação de coágulos nas veias das pernas e do abdômen. Esse quadro pode evoluir para embolia pulmonar, quando o coágulo de desloca até os pulmões. Trata-se de uma condição de saúde que requer atendimento imediato. 

“A mulher fumante tem um risco maior de doenças nas artérias das pernas, que ficam mais propensas à formação de placas de gordura. Em última análise, levarão à obstrução dessas artérias, dificultando a chegada de sangue para os membros inferiores. Além disso, aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC).” – Dr. Jamil Cherem Schneider (CRM-SC 3151 / RQE 2874), cardiologista em Florianópolis/SC. 

Prevenção é o melhor remédio 

De acordo com a OMS, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Cultivar hábitos de vida saudáveis, com alimentação adequada, prática de atividades físicas regulares e, também, visitar o médico cardiologista regularmente, são atitudes que podem minimizar os riscos. 

Já para as mulheres em idade fértil que fazem uso da pílula como método contraceptivo – e ainda são fumantes – fica o alerta. Afinal, o risco de infarto em mulheres nessa situação é maior. Assim, uma conversa franca com o médico de confiança pode ser útil para decidir por qual caminho seguir. A recomendação é especialmente importante para as mulheres que já têm outros fatores de risco associados. Além disso, parar de fumar é sempre uma boa opção para a saúde. 

*Dr. Jamil Cherem Schneider (CRM-SC 3151 / RQE 2874) é Cardiologista Clínico e Professor de Cardiologia da UNISUL. Com mais de 30 anos de atuação em Cardiologia, atua nas clínicas Hemocordis e Prevencordis e no Hospital SOS Cárdio, todos em Florianópolis/SC.

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Prevenção: Alimentação, Doença Cardíaca, Diabetes Tipo II e Obesidade

Prevenção: Alimentação, Doença Cardíaca, Diabetes Tipo II e Obesidade

*Por Dr. Fernando Graça Aranha (CRM-SC 12033 | RQE 5746)

Os níveis elevados de colesterol no sangue têm correlação com maior chance de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral? Sim, tem. Então a “culpa” é da alimentação, porque isso é a maior causa da elevação do colesterol sanguíneo? Pode-se dizer que não, na grande maioria dos casos.

  • Em 1980, não havia nenhum dentre os 50 estados norte-americanos que tivesse mais de 20% da sua população com sobrepeso ou obesidade. Todos tinham índices inferiores a isso.
  • Em 2017, não há nenhum dentre os 50 estados norte-americanos que tenha menos de 20% da sua população com sobrepeso ou obesidade. Todos têm índices superiores a isso.
  • De 1980 até 2017, o número de pacientes portadores de Diabetes Melito tipo II quadruplicou nos Estados Unidos (EUA). Isso mesmo, aumento de 300% no número de casos!
  • Apesar de todo o desenvolvimento da Medicina, dos medicamentos e da crescente preocupação (e gastos expressivos) com cuidados preventivos, a incidência de doenças vasculares (infartos e derrames) continua crescente!

Podemos inferir sem medo de errar grosseiramente que estes números alarmantes, que traduzem uma real epidemia, não se restringem aos EUA. Boa parte dos países do ocidente, e particularmente das Américas, padece das mesmas tendências. Aí, incluído o Brasil!

Quando nos confrontamos com estes índices e esta realidade pavorosa, a maioria de nós já tem uma resposta pronta e superficial que ouvimos e repetimos durante décadas: “A culpa é da mudança de estilo de vida, do sedentarismo, dos hábitos da vida moderna…”. Esta explicação certamente traz nela algum acerto. Porém, nem de longe traduz com exatidão a extensão das causas que nos atingem violentamente nas últimas décadas.

Comecemos por um tópico sobre o qual não vou me estender muito por não ser o foco principal deste texto (embora não se possa negar sua importância): o sedentarismo e os exercícios. Embora saibamos e tenhamos evidências de inúmeros benefícios dos exercícios físicos (desde que realizados dentro das recomendações cabíveis de profissionais das áreas de Educação Física e Medicina), nunca se fez tanto exercício! Quem tem mais de 40, 45 anos, não precisa fazer muito esforço de memória para lembrar que outrora não havia esta multidão a correr diariamente nas beira-mares e nas esteiras das academias! A preocupação com os exercícios físicos e sua prática é notadamente maior progressivamente.

Os exercícios melhoram a capacidade física, tonificam os músculos, têm uma série de efeitos benéficos  no metabolismo e até mesmo sobre a autoestima. Isso é inegável. Mas não se pode afirmar que representam uma arma poderosa se usados isoladamente contra a obesidade e o Diabetes Tipo II, assim como contra as consequências destes problemas.

Somos então obrigados a voltar nossas atenções novamente para a alimentação… O que está “dando errado”? Por que, mesmo com todas as inúmeras recomendações alimentares, continuamos engordando, virando diabéticos e infartando?

Desde as décadas de 1960 e 1970, nos Estados Unidos da América têm sido recomendados determinados tipos de dieta oficialmente pelo governo e pelas sociedades médicas. Em 1977, foi publicada uma recomendação dietética para o americano, restringindo as gorduras e privilegiando a ingestão dos carboidratos na alimentação.

Em 1992, foi publicada a clássica pirâmide alimentar, que a maioria das pessoas conhece, com a generosa base composta por carboidratos. Os americanos mudaram a dieta radicalmente desde então… e aí só precisamos olhar os primeiros parágrafos deste texto e ver o que aconteceu.

E de onde surgiu isso?

No início da segunda metade do século passado, começaram a surgir evidências científicas sólidas de que os níveis elevados de colesterol no sangue guardavam relação com a ocorrência futura de infarto e derrame (os chamados eventos cardiovasculares).  

De forma simplista, podemos inferir que isso levou à conclusão (talvez precipitada ou pouco embasada) de que a dieta (alimentação) que possuísse colesterol e gordura seria obviamente a principal suspeita. A partir daí, foram iniciados vários esforços para montar dietas ricas em carboidratos e pobres em gorduras, inclusive de forma oficial pelo governo americano. Tais dietas se tornaram o padrão recomendado, quase que no mundo todo, por leigos, nutricionistas e médicos. A ingestão proporcional dos carboidratos, particularmente dos ditos “refinados” cresceu muito!

O resultado foi desastroso… As evidências do desastre se acumulam de forma desconcertante e progressivamente vão se tornando conhecidas por pacientes e profissionais de saúde. Há cerca de 2 anos inclusive, houve uma mudança de postura do governo americano, retirando da lista de “proibidos” ou “malditos” vários alimentos e grupos alimentares.

Este assunto será uma das grandes tendências alimentares dos próximos anos, embora já seja fruto de estudos consistentes há quase cem anos, mesmo antes da II Grande Guerra, na Europa e na América do Norte.

Finalmente, gostaria de concluir esta primeira parte do texto fazendo uma recomendação enfática: não tome nenhuma atitude radical em relação a sua alimentação sem a orientação de um profissional habilitado e atualizado. É de capital importância que este tipo de ação seja individualizada, pois cada pessoa tem metabolismo e saúde diferente. Cada um, portanto, responderá de forma singular a qualquer alteração. É muito importante que haja um acompanhamento estreito!

Se você for portador de doença cardíaca, Diabetes, tiver mais de 40 anos ou outros fatores de risco para doenças cardiovasculares (história familiar rica em doenças cardíacas ou derrame, tabagismo, colesterol elevado, obesidade), este cuidado se faz ainda mais fundamental. 

Procure seu médico de confiança para que ele avalie ou encaminhe adequadamente o seu caso. E, para saber mais sobre a influência da alimentação sobre a Obesidade e Diabetes Tipo 2, leia a segunda parte deste artigo: Gordura e Carboidrato: tudo o que você precisa saber.

*Dr. Fernando Graça Aranha (CRM-SC 12033 | RQE 5746) é Cardiologista e Intensivista. Atua no Hospital SOS Cárdio, como Coordenador Geral da UTI e Diretor Técnico, e atende em consultório na clínica Prevencordis. Contato: prevencordis.fernando@gmail.com

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Dissecção de Aorta: tem como prevenir?

Dissecção de Aorta: tem como prevenir?

Doença normalmente de caráter agudo, a dissecção de aorta surge quando há a delaminação das camadas da parede da aorta. Acontece, basicamente, porque o sangue perfura essa artéria, porém, não totalmente, e entra na parede da aorta, criando duas camadas, ou seja, dissecando-a.

Essa dissecção pode começar em qualquer setor da aorta. Dependendo de onde ocorre, é considerada de maior ou menor gravidade e possui mais ou menos chance de romper.

Para entender quão grave pode ser a dissecção de aorta, é importante compreender a divisão dessa artéria em segmentos. 

Segmentos da Aorta

 

O segmento ascendente refere-se à primeira porção da aorta. Vai desde a válvula aórtica até a região em que aparece o primeiro vaso em direção à cabeça.

Depois, há a região do arco aórtico. Dela, saem os três troncos responsáveis pela irrigação sanguínea dos braços e da cabeça.

O segmento da aorta descendente é aquele que se localiza dentro do tórax. Tem início depois do arco aórtico e segue até a região do diafragma. Desse segmento saem vários vasos responsáveis por levar o sangue para a coluna, parte do pulmão e esôfago.

Por último, há o segmento da aorta abdominal. Ele se inicia abaixo do diafragma e segue até a região próxima do umbigo, onde se divide em dois ramos. Esses ramos são as artérias ilíacas, responsáveis por conduzir o sangue para as pernas. 

Na região do diafragma até o umbigo, também estão todos os ramos de vasos sanguíneos que levam o sangue para os órgãos abdominais e pélvicos, como fígado, estômago, pâncreas e rim.

O que causa a dissecção de aorta?

 

A dissecção de aorta pode ocorrer em qualquer um dos segmentos da artéria relacionados acima e pode progredir tanto na direção normal do fluxo sanguíneo quanto no contrafluxo.

Uma dissecção de arco aórtico pode, por exemplo, migrar para a aorta descendente ou retroceder para a aorta ascendente. 

Dentre as principais causas da dissecção da aorta está a aterosclerose, uma doença que afeta a parede dos vasos sanguíneos e cria a condição necessária para o surgimento da dissecção. Mas, o que desencadeia a delaminação, na maior parte dos casos, é uma crise hipertensiva.

“Quando a dissecção de aorta ocorre, existe a possibilidade de a aorta se romper, causando morte súbita. O que precede esse quadro é a sensação de uma forte dor, que simula um infarto, em função da dor normalmente ser no peito. Essa dor pode se expandir para as costas e os braços.” – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893)

Nos pacientes em que não há ruptura da artéria, a dissecção pode se deslocar para a aorta ascendente. E comprometer o arco aórtico ou pode se dirigir para a aorta descendente e ilíacas, até o pé.

Dissecção de Aorta

Existe tratamento para dissecção de aorta?

 

Em pacientes com diagnóstico de dissecção de aorta, o tratamento pode ser cirúrgico. Nesses casos, o objetivo da cirurgia não é substituir toda a artéria, e sim corrigir o ponto de entrada do sangue na parede da aorta. 

“A partir do momento em que se faz essa correção, a dissecção não progride para uma ruptura, pois com a cirurgia não há mais pressão sendo exercida na região dissecada.” – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893)

A cirurgia restabelece o ponto danificado da aorta e, com isso, direciona todo o fluxo para o que se chama de luz verdadeira. Ou seja, a parte interna do tubo sanguíneo, chamado de luz do vaso.

A dissecção de aorta cria uma luz falsa, por onde o sangue também passa a circular. Muitas vezes, essa luz falsa é maior que a luz verdadeira. Com a intervenção cirúrgica, todo o fluxo de sangue retorna para a luz verdadeira.

Diferentes Abordagens no Tratamento

 

Quando a dissecção de aorta envolve o arco aórtico, uma das possíveis complicações é a progressão da dissecção para os vasos intracranianos. Isso pode causar um quadro de isquemia cerebral aguda.

“Normalmente, nas dissecções que envolvem a aorta ascendente e o arco aórtico, é necessária a realização de uma cirurgia cardíaca. A intervenção é, geralmente, de emergência. Não se espera o paciente evoluir, pois a chance de ruptura é grande, que pode levar a óbito ou causar uma lesão cerebral irreversível”. – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893)

Tratamento Cirúrgico ou Clínico

 

Nos casos de dissecção de aorta no segmento descendente, o tratamento pode ser  clínico, para controle do caso. O tratamento cirúrgico é resguardado para quando a dissecção causa um aneurisma ou derrame pleural hemorrágico, por exemplo, condições que podem preceder uma ruptura iminente. Mesmo nessas situações, é possível tratar a dissecção da aorta com um procedimento percutâneo, ou seja, sem necessidade de uma cirurgia cardíaca aberta. Assim, pode-se utilizar uma endoprótese percutânea e realizar o tratamento cirúrgico por esta via, sem necessidade de abertura do tórax.

Há casos em que a dissecção de aorta ascendente pode sofrer uma complicação grave, que é a  insuficiência da válvula aórtica aguda. Essas situações são mais graves, em função da falência aguda do coração. 

Muitas vezes, quando a dissecção compromete o arco aórtico, é necessário substituir as artérias que levam o sangue para o cérebro e para os braços. Essa abordagem é aplicada para conter o risco de ruptura dessas estruturas.

O comprometimento significativo da válvula aórtica também exige que ela seja trocada. Porém, esses casos precisam ser bem avaliados, pois, às vezes, uma plastia é suficiente, evitando-se a troca da valva.

Uma forma de evitar a dissecção de aorta é controlar a pressão arterial e a doença ateromatosa. Por isso, cuide da saúde do seu coração e acompanhe regularmente com o seu cardiologista clínico. Se precisar de ajuda, conte conosco!

 

Febre Reumática e Doenças do Coração

Febre Reumática e Doenças do Coração

O termo Febre Reumática está diretamente relacionado a dois sintomas que essa enfermidade pode causar: febre e reumatismo (dor nas articulações). No entanto, essa doença inflamatória, que costuma atingir crianças de 3 a 15 anos de idade, pode afetar, além das articulações, outros órgãos, como a pele, o cérebro e o coração. No caso do coração, pode deixar sequelas por toda a vida e até levar à morte.

 As Válvulas Cardíacas são as únicas estruturas que ficam com sequelas após a Febre Reumática, como insuficiência valvar e/ou estenose valvar, colocando a vida das pessoas em risco. Se não for prevenida ou tratada a tempo, a Febre Reumática pode fazer com que até mesmo crianças tenham que passar por cirurgias de reparo e para troca de válvulas, especialmente nas posições mitral e aórtica” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858). 

Abaixo, o Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858), explica como a Febre Reumática é provocada. Aborda, também, quais os riscos e como se proteger da doença.

Como acontece a Febre Reumática?

A Febre Reumática está muito associada às condições sanitárias e de acesso aos serviços de saúde. Ela tem início através de uma infecção respiratória provocada por algumas bactérias do grupo Streptococcus, muito comuns em nosso dia a dia. Tanto as amigdalites como as faringoamigdalites estreptocócicas podem ser o fator desencadeante da febre reumática.

As infecções na garganta têm um início bastante comum. Essa característica pode fazer com que o diagnóstico de Febre Reumática não seja feito de imediato. Clinicamente, as manifestações são:

  • Febre; 
  • Dor de garganta;
  • Caroços no pescoço (gânglios aumentados); 
  • Vermelhidão intensa, pontos vermelhos ou placas de pus na garganta.

Predisposição Genética

Apesar de comum, nem todas as crianças com infecções de garganta provocada por Streptococcus irão desenvolver Febre Reumática. Existem pessoas que sofreram com esse quadro inúmeras vezes ao longo da infância e da vida, e nunca tiveram Febre Reumática. Para desenvolvê-la, então, é necessário ter uma predisposição genética. 

 Para que a infecção na garganta possa evoluir para Febre Reumática, é preciso que a pessoa tenha uma característica particular no próprio organismo, que permita com que ela desenvolva uma reação imunológica anômala e faça com que a doença atinja outros órgão, como o cérebro e o coração. A predisposição necessária para apresentar a doença é herdada dos pais e já nasce com a criança– Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

Manifestações da Febre Reumática

Como vimos, nem todas as pessoas com infecções de garganta provocadas por Streptococcus irão desenvolver Febre Reumática. No entanto, aqueles que possuem histórico de doença  na família devem ficar muito atentos.

Em geral, as manifestações da Febre Reumática tendem a surgir entre uma a três semanas após a infecção de garganta. Elas costumam envolver: 

Artrite migratória:

Passa de uma articulação para outra após alguns dias. A dor intensa, o inchaço e o calor provocam dificuldades para caminhar. Joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos são as articulações mais acometidas. Já quando a manifestação é cerebral, no caso a Coréia, esta pode levar meses para surgir. 

Cardite:

Inflamação em uma ou mais das três camadas do coração (na membrana que o reveste, no músculo e no tecido que recobre as válvulas). Pode ser diagnosticada clinicamente pelo sopro cardíaco, pelo aumento da freqüência dos batimentos do coração e pelas queixas de cansaço e batedeira aos esforços.

 Trata-se da manifestação mais importante. Pode deixar sequelas nas válvulas, que não conseguem mais abrir ou fechar direito. Dessa forma, limitam a vida do paciente – mesmo os mais jovens” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

Coréia:

Coréia é o nome de uma manifestação no Sistema Nervoso Central. É caracterizada por mudanças bruscas de humor, fraqueza nos braços e pernas, e por movimentos involuntários que pioram quando a criança fica tensa e que desaparecem durante o sono.

Importante: Nem toda criança com Febre Reumática apresenta febre como sintoma, especialmente após o quadro de infecção na garganta ter cessado. Os problemas articulares e cardíacos se manifestam mais próximo ao episódio de infecção na garganta. Porém, no Sistema Nervoso Central, podem se manifestar muito tempo após o quadro infeccioso ter cessado.

Diagnóstico de Febre Reumática

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento da febre reumática e para impedir possíveis sequelas no coração. Ele é, por essência, clínico. Não existe, ainda hoje, um teste laboratorial com marcador específico para a doença. Amigdalite e faringite podem indicar contato com a bactéria Streptococcus e devem ser observadas com atenção.

 Os critérios clínicos para diagnóstico da Febre Reumática existem desde 1942. Passaram por revisão em 1992 e, a última, em 2015, incluiu o Ecocardiograma como ferramenta para diagnosticar lesões já existentes antes mesmo da ausculta” –  Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858). 

Tratamento da Febre Reumática

O tratamento da Febre Reumática é feito com penicilina. Trata-se de um antibiótico que deveria ser de fácil acesso, mas que pode não ser para pessoas que vivem em comunidades interioranas, por exemplo. O tratamento deve ser realizado o quanto antes, mesmo que a infecção na garganta tenha acontecido há mais de 3 semanas.

 “A forma mais eficaz de tratamento é a penicilina injetável, que age por vários dias. No tratamento oral, as pessoas podem acabar esquecendo de tomar a medicação e ficarem expostas. A eficácia do tratamento injetável costuma ser bastante alta. Tem por objetivo eliminar as bactérias o mais rápido possível e, assim, impedir a exposição do organismo a ela . Com isso, evita-se o desenvolvimento da reação imunológica que pode atingir as valvas cardíacas, por exemplo” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

A artrite, dependendo do diagnóstico médico, poderá ser tratada com anti-inflamatórios não hormonais, por algumas semanas. Para o tratamento da Coréia – também de acordo com avaliação médica – o haloperidol ou o ácido valpróico podem ser indicados até os movimentos cessaram.  

Já para o comprometimento do coração, recomenda-se o acompanhamento de um cardiologista. Ele poderá prescrever doses específicas de corticoide para o tratamento. Nos casos mais graves, a cirurgia cardiovascular pode ser necessária. Ela pode reparar as valvas (plastia) ou a substituir a valva nativa danificada por uma prótese biológica ou mecânica pode ser necessário” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

 

Por quanto tempo tomar a Penicilina?

Ainda não existe uma vacina para prevenir a Febre Reumática. Por isso, aqueles que possuem histórico de doença na família devem ficar muito atentos. Diferente de outras doenças em que o paciente adquire imunidade parcial ou total após o primeiro evento, a Febre Reumática pode ser recorrente diversas vezes ao longo da vida. Assim, pode deteriorar cada vez mais as valvas cardíacas – podendo ser necessária cirurgia para plastia ou troca valvar.

  • Prevenção primária: Envolve desde medidas de higiene básicas, como lavar as mãos corretamente e evitar contato com pessoas doentes, até a adoção de políticas de saneamento e saúde mais complexas, com diagnóstico e tratamento precoces de infecções suspeitas de serem causadas por estreptocócica. O ideal é evitar o contato com a bactéria. Em casos suspeitos, não deixar que as infecções de garganta por Streptococcus possam evoluir – especialmente em pessoas que possuem histórico familiar da doença.
  • Prevenção secundária: Uma vez que a Febre Reumática foi diagnosticada e que pode acontecer várias vezes ao longo da vida, é muito importante que as pessoas que já adquiriram a doença realizem a prevenção secundária. Especialmente quem trabalha e convive com aglomerado de pessoas e/ou pessoas doentes diariamente ou com muita frequência. É o caso de professores, profissionais da saúde e militares, por exemplo.

Se, após o episódio de Febre Reumática, a criança não apresentou comprometimento do coração, ela deverá tomar penicilina até os 21 anos ou por, no mínimo, 5 anos após o diagnóstico, caso seja um adolescente. Já as crianças com comprometimento do coração poderão ter que fazer isso até os 25 anos ou por toda a vida. A conduta depende da gravidade do quadro e do grau de exposição que possuem” – Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858).

Sobre o autor:

Dr. Maurício Laerte Silva, Cardiologista Pediátrico (CRM-SC 2858). Formou-se pela Universidade Federal de Santa Catarina (1974 – 1979), foi Médico do Hospital Universitário (1983 – 2015) e Professor colaborador da UFSC (1988 – 2008). Cursou Residência Médica em Pediatria no Hospital Infantil Joana de Gusmão em Florianópolis,SC, e Especialização em Cardiologia Pediátrica, Ecocardiografia e Aperfeiçoamento em Recuperação Cardíaca em Pós-Operatório Infantil no Instituto do Coração, (INCOR), em São Paulo. Mestrado em Ciências Médicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998 – 2000), Mestrado em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2013-2016) e Doutorado em Ciências Médicas (2010-2015) pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Diretor geral no Hospital Infantil Joana de Gusmão (2003 a 2011 e 2017-2018), Dr. Maurício Laerte também possui experiências internacionais. No National Institute of Child Health and Human Development, NICHD,Wayne State University Hospital,  em Detroit, Michigan, Estados Unidos, realizou Aperfeiçoamento em Cardiologia Fetal, no programa de Perinatal Research Post Doctoral Fellowship (1993-1994). Na Georgetown University, GU, em Washington DC, Estados Unidos, realizou Aperfeiçoamento em Cardiologia Fetal, no programa de Perinatal Research Post Doctoral Fellowship(1994-1995), complementado em Santiago, Chile , no Hospital Sótero Del Rio(1994-1995).

 

 

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Principais Impactos da Doença Coronariana

Principais Impactos da Doença Coronariana

Assim como acontece com todas as células do nosso organismo, as células que fazem parte do músculo cardíaco e das demais estruturas do coração também precisam receber sangue com oxigênio e nutrientes para manterem-se vivas. As artérias coronárias são os principais vasos sanguíneos responsáveis por essa função. E é por isso que a doença coronariana é tão grave.

“Sem oxigênio, as células do coração entram em isquemia e morrem. Esse problema pode ser provocado por diversos fatores, relacionados ou não às artérias coronárias” – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

O uso de drogas como a Cocaína, por exemplo, pode provocar espasmos nos vasos sanguíneos coronarianos e prejudicar a oxigenação e funcionamento do músculo cardíaco. Há casos também de formação de coágulos em outras regiões do corpo (até mesmo dentro do coração) que se desprendem e acabam por obstruir as artérias coronárias. 

A frequência cardíaca acelerada (taquicardia) é outro exemplo. Ela pode  cursar com aumento da demanda de oxigênio a um ponto em que a árvore coronariana não consegue sustentar. De forma oposta, quadros infecciosos localizados ou generalizados (Sepse) podem reduzir o aporte de oxigênio e provocar isquemias, que irão cursar com doença coronariana. 

No entanto, quando falamos de doença coronariana, não podemos deixar de falar da aterosclerose:

“A aterosclerose, doença que causa degeneração e obstrução progressiva dos vasos sanguíneos, é responsável por mais de 90% dos casos de isquemia. Ela tem avanço lento e pode demorar a dar os primeiros sintomas” – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).  

A doença coronariana  – como a aterosclerose – pode levar a eventos cardíacos graves, como o surgimento de arritmias, o infarto do coração e a morte súbita

Aterosclerose

Em condições normais, o suprimento de sangue para as células do coração é contínuo. No entanto, os estudos mostram que desde a infância, tanto por características genéticas, como por hábitos de vida nocivos, como o sedentarismo e consumo de alimentos industrializados (ricos em açúcares e gorduras), as pessoas podem vir a acumular placas obstrutivas nas paredes das artérias, conhecidas popularmente por “placas de gordura”.

Tais “placas de gordura” vão aos poucos inflamando, ganhando tamanho e prejudicando o fluxo de sangue oxigenado para os músculos do coração. Além disso, em alguns casos, elas podem vir a se romper e a extravasar todo o conteúdo gorduroso na luz da artéria, obstruindo de forma aguda a passagem de sangue.

“É assim que acontece o infarto agudo do miocárdio. Isso significa que parte do músculo cardíaco (miocárdio) não está mais recebendo o sangue que traz oxigênio para as células. Isso pode acarretar morte de tecido muscular em pouco tempo. O quadro se apresenta, na maior parte das vezes, como dor no peito (angina), com irradiação para os braços e pescoço” – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

Infarto Agudo do Miocárdio

Quando o infarto acontece, o atendimento deve ser urgente. Com a obstrução total da artéria, a lesão do músculo cardíaco é progressivamente maior com o passar dos minutos. Se o fluxo sanguíneo não for restabelecido rapidamente, instala-se a necrose do músculo daquela região não irrigada. Dependendo da extensão do músculo cardíaco afetado, o caso fica mais grave e a possibilidade de sequelas permanentes, ou mesmo de morte, fica maior.

Vale ressaltar que nem sempre a artéria do coração com a doença coronariana mais severa irá provocar o infarto. Uma lesão moderada ou mesmo pequena em uma coronária pode ser o local de formação de um trombo e provocar o infarto.

“O infarto pode acontecer de diversas formas. Há casos em que a artéria coronária não é completamente obstruída e que uma pequena quantidade de sangue ainda consegue fluir. No entanto, até mesmo as isquemias transitórias podem ter consequências graves. Entre elas, as arritmias, a morte súbita e a Insuficiência Cardíaca” –  Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

Arritmias e Morte Súbita

Uma vez sem oxigênio, e caso o paciente sobreviva, a região do músculo cardíaco onde ocorreu a morte de células tenta se regenerar. Nesse processo, pequenas cicatrizes são formadas. No lugar das células saudáveis mortas, formam-se áreas de tecido fibroso.

“O grande problema é que essas novas áreas formadas pelas cicatrizes das células mortas possuem comportamento elétrico diferente das células cardíacas originais. Assim, a eletricidade que faz o coração bater passa por essas novas áreas com velocidade e forma diferentes do normal. Esse fato pode provocar arritmias graves e morte súbita” – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

Insuficiência Cardíaca

Outra consequência direta dos quadros de isquemia e de infarto é a Insuficiência Cardíaca, doença caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para atender às demandas do organismo.

“Trata-se de uma doença muito limitante. Mais de 50% dos casos de insuficiência cardíaca são causados pela isquemia”Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790). 

Pacientes com Insuficiência cardíaca costumam apresentar falta de ar, grande dificuldade para realizar esforços físicos e baixa qualidade de vida. 

Prevenção da Doença Coronariana

Para reduzir a mortalidade e as sequelas provocadas pela doença coronariana, prevenção é fundamental. A adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de exercícios físicos pode ajudar a evitar eventos graves e reduzir os seus impactos sobre a qualidade de vida das pessoas.

Além disso, é muito importante realizar o acompanhamento periódico com o médico cardiologista.

“O médico cardiologista poderá realizar uma série de exames e avaliações para determinar qual o risco que o paciente tem de desenvolver doença coronariana no futuro. E, dependendo dos resultados, traçar estratégias de prevenção, que podem envolver inclusive o uso de medicamentos para a pressão e para o controle do colesterol”  – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

Caso algum evento cardíaco aconteça, é fundamental procurar o atendimento médico o quanto antes. Lembre-se: tempo é músculo. Quanto mais tempo uma pessoa leva para ser atendida durante uma situação de infarto, mais músculo cardíaco morre e pior a situação do paciente.

Sobre o autor:

Daniel Medeiros Moreira (CRM-SC 11708 RQE 7790) é Médico Cardiologista. Concluiu graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2004, com mérito por melhor desempenho acadêmico. É especialista em Medicina Interna pelo Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani São Thiago (HU-UFSC), especialista em Cardiologia pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC-FUC) e em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Mestre e Doutor em Ciências da Saúde: Cardiologia, pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC-FUC). Atualmente, é Cardiologista do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC), professor das disciplinas de Semiologia I, Semiologia II e Sistema Cardiorrespiratório na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Diretor de Qualidade Assistencial da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Santa Catarina (SBC/SC). Atua com pesquisa em diferentes tópicos, dentre os quais, Inflamação, Síndrome Coronariana Aguda, Insuficiência Cardíaca e Música em pacientes com cardiopatias.

 

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