Dissecção de Aorta: tem como prevenir?

Dissecção de Aorta: tem como prevenir?

Doença normalmente de caráter agudo, a dissecção de aorta surge quando há a delaminação das camadas da parede da aorta. Acontece, basicamente, porque o sangue perfura essa artéria, porém, não totalmente, e entra na parede da aorta, criando duas camadas, ou seja, dissecando-a.

Essa dissecção pode começar em qualquer setor da aorta. Dependendo de onde ocorre, é considerada de maior ou menor gravidade e possui mais ou menos chance de romper.

Para entender quão grave pode ser a dissecção de aorta, é importante compreender a divisão dessa artéria em segmentos. 

Segmentos da Aorta

 

O segmento ascendente refere-se à primeira porção da aorta. Vai desde a válvula aórtica até a região em que aparece o primeiro vaso em direção à cabeça.

Depois, há a região do arco aórtico. Dela, saem os três troncos responsáveis pela irrigação sanguínea dos braços e da cabeça.

O segmento da aorta descendente é aquele que se localiza dentro do tórax. Tem início depois do arco aórtico e segue até a região do diafragma. Desse segmento saem vários vasos responsáveis por levar o sangue para a coluna, parte do pulmão e esôfago.

Por último, há o segmento da aorta abdominal. Ele se inicia abaixo do diafragma e segue até a região próxima do umbigo, onde se divide em dois ramos. Esses ramos são as artérias ilíacas, responsáveis por conduzir o sangue para as pernas. 

Na região do diafragma até o umbigo, também estão todos os ramos de vasos sanguíneos que levam o sangue para os órgãos abdominais e pélvicos, como fígado, estômago, pâncreas e rim.

O que causa a dissecção de aorta?

 

A dissecção de aorta pode ocorrer em qualquer um dos segmentos da artéria relacionados acima e pode progredir tanto na direção normal do fluxo sanguíneo quanto no contrafluxo.

Uma dissecção de arco aórtico pode, por exemplo, migrar para a aorta descendente ou retroceder para a aorta ascendente. 

Dentre as principais causas da dissecção da aorta está a aterosclerose, uma doença que afeta a parede dos vasos sanguíneos e cria a condição necessária para o surgimento da dissecção. Mas, o que desencadeia a delaminação, na maior parte dos casos, é uma crise hipertensiva.

“Quando a dissecção de aorta ocorre, existe a possibilidade de a aorta se romper, causando morte súbita. O que precede esse quadro é a sensação de uma forte dor, que simula um infarto, em função da dor normalmente ser no peito. Essa dor pode se expandir para as costas e os braços.” – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893)

Nos pacientes em que não há ruptura da artéria, a dissecção pode se deslocar para a aorta ascendente. E comprometer o arco aórtico ou pode se dirigir para a aorta descendente e ilíacas, até o pé.

Dissecção de Aorta

Existe tratamento para dissecção de aorta?

 

Em pacientes com diagnóstico de dissecção de aorta, o tratamento pode ser cirúrgico. Nesses casos, o objetivo da cirurgia não é substituir toda a artéria, e sim corrigir o ponto de entrada do sangue na parede da aorta. 

“A partir do momento em que se faz essa correção, a dissecção não progride para uma ruptura, pois com a cirurgia não há mais pressão sendo exercida na região dissecada.” – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893)

A cirurgia restabelece o ponto danificado da aorta e, com isso, direciona todo o fluxo para o que se chama de luz verdadeira. Ou seja, a parte interna do tubo sanguíneo, chamado de luz do vaso.

A dissecção de aorta cria uma luz falsa, por onde o sangue também passa a circular. Muitas vezes, essa luz falsa é maior que a luz verdadeira. Com a intervenção cirúrgica, todo o fluxo de sangue retorna para a luz verdadeira.

Diferentes Abordagens no Tratamento

 

Quando a dissecção de aorta envolve o arco aórtico, uma das possíveis complicações é a progressão da dissecção para os vasos intracranianos. Isso pode causar um quadro de isquemia cerebral aguda.

“Normalmente, nas dissecções que envolvem a aorta ascendente e o arco aórtico, é necessária a realização de uma cirurgia cardíaca. A intervenção é, geralmente, de emergência. Não se espera o paciente evoluir, pois a chance de ruptura é grande, que pode levar a óbito ou causar uma lesão cerebral irreversível”. – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular em Florianópolis/SC (CRM 4370 / RQE 5893)

Tratamento Cirúrgico ou Clínico

 

Nos casos de dissecção de aorta no segmento descendente, o tratamento pode ser  clínico, para controle do caso. O tratamento cirúrgico é resguardado para quando a dissecção causa um aneurisma ou derrame pleural hemorrágico, por exemplo, condições que podem preceder uma ruptura iminente. Mesmo nessas situações, é possível tratar a dissecção da aorta com um procedimento percutâneo, ou seja, sem necessidade de uma cirurgia cardíaca aberta. Assim, pode-se utilizar uma endoprótese percutânea e realizar o tratamento cirúrgico por esta via, sem necessidade de abertura do tórax.

Há casos em que a dissecção de aorta ascendente pode sofrer uma complicação grave, que é a  insuficiência da válvula aórtica aguda. Essas situações são mais graves, em função da falência aguda do coração. 

Muitas vezes, quando a dissecção compromete o arco aórtico, é necessário substituir as artérias que levam o sangue para o cérebro e para os braços. Essa abordagem é aplicada para conter o risco de ruptura dessas estruturas.

O comprometimento significativo da válvula aórtica também exige que ela seja trocada. Porém, esses casos precisam ser bem avaliados, pois, às vezes, uma plastia é suficiente, evitando-se a troca da valva.

Uma forma de evitar a dissecção de aorta é controlar a pressão arterial e a doença ateromatosa. Por isso, cuide da saúde do seu coração e acompanhe regularmente com o seu cardiologista clínico. Se precisar de ajuda, conte conosco!

 

Principais Impactos da Doença Coronariana

Principais Impactos da Doença Coronariana

Assim como acontece com todas as células do nosso organismo, as células que fazem parte do músculo cardíaco e das demais estruturas do coração também precisam receber sangue com oxigênio e nutrientes para manterem-se vivas. As artérias coronárias são os principais vasos sanguíneos responsáveis por essa função. E é por isso que a doença coronariana é tão grave.

“Sem oxigênio, as células do coração entram em isquemia e morrem. Esse problema pode ser provocado por diversos fatores, relacionados ou não às artérias coronárias” – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

O uso de drogas como a Cocaína, por exemplo, pode provocar espasmos nos vasos sanguíneos coronarianos e prejudicar a oxigenação e funcionamento do músculo cardíaco. Há casos também de formação de coágulos em outras regiões do corpo (até mesmo dentro do coração) que se desprendem e acabam por obstruir as artérias coronárias. 

A frequência cardíaca acelerada (taquicardia) é outro exemplo. Ela pode  cursar com aumento da demanda de oxigênio a um ponto em que a árvore coronariana não consegue sustentar. De forma oposta, quadros infecciosos localizados ou generalizados (Sepse) podem reduzir o aporte de oxigênio e provocar isquemias, que irão cursar com doença coronariana. 

No entanto, quando falamos de doença coronariana, não podemos deixar de falar da aterosclerose:

“A aterosclerose, doença que causa degeneração e obstrução progressiva dos vasos sanguíneos, é responsável por mais de 90% dos casos de isquemia. Ela tem avanço lento e pode demorar a dar os primeiros sintomas” – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).  

A doença coronariana  – como a aterosclerose – pode levar a eventos cardíacos graves, como o surgimento de arritmias, o infarto do coração e a morte súbita

Aterosclerose

Em condições normais, o suprimento de sangue para as células do coração é contínuo. No entanto, os estudos mostram que desde a infância, tanto por características genéticas, como por hábitos de vida nocivos, como o sedentarismo e consumo de alimentos industrializados (ricos em açúcares e gorduras), as pessoas podem vir a acumular placas obstrutivas nas paredes das artérias, conhecidas popularmente por “placas de gordura”.

Tais “placas de gordura” vão aos poucos inflamando, ganhando tamanho e prejudicando o fluxo de sangue oxigenado para os músculos do coração. Além disso, em alguns casos, elas podem vir a se romper e a extravasar todo o conteúdo gorduroso na luz da artéria, obstruindo de forma aguda a passagem de sangue.

“É assim que acontece o infarto agudo do miocárdio. Isso significa que parte do músculo cardíaco (miocárdio) não está mais recebendo o sangue que traz oxigênio para as células. Isso pode acarretar morte de tecido muscular em pouco tempo. O quadro se apresenta, na maior parte das vezes, como dor no peito (angina), com irradiação para os braços e pescoço” – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

Infarto Agudo do Miocárdio

Quando o infarto acontece, o atendimento deve ser urgente. Com a obstrução total da artéria, a lesão do músculo cardíaco é progressivamente maior com o passar dos minutos. Se o fluxo sanguíneo não for restabelecido rapidamente, instala-se a necrose do músculo daquela região não irrigada. Dependendo da extensão do músculo cardíaco afetado, o caso fica mais grave e a possibilidade de sequelas permanentes, ou mesmo de morte, fica maior.

Vale ressaltar que nem sempre a artéria do coração com a doença coronariana mais severa irá provocar o infarto. Uma lesão moderada ou mesmo pequena em uma coronária pode ser o local de formação de um trombo e provocar o infarto.

“O infarto pode acontecer de diversas formas. Há casos em que a artéria coronária não é completamente obstruída e que uma pequena quantidade de sangue ainda consegue fluir. No entanto, até mesmo as isquemias transitórias podem ter consequências graves. Entre elas, as arritmias, a morte súbita e a Insuficiência Cardíaca” –  Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

Arritmias e Morte Súbita

Uma vez sem oxigênio, e caso o paciente sobreviva, a região do músculo cardíaco onde ocorreu a morte de células tenta se regenerar. Nesse processo, pequenas cicatrizes são formadas. No lugar das células saudáveis mortas, formam-se áreas de tecido fibroso.

“O grande problema é que essas novas áreas formadas pelas cicatrizes das células mortas possuem comportamento elétrico diferente das células cardíacas originais. Assim, a eletricidade que faz o coração bater passa por essas novas áreas com velocidade e forma diferentes do normal. Esse fato pode provocar arritmias graves e morte súbita” – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

Insuficiência Cardíaca

Outra consequência direta dos quadros de isquemia e de infarto é a Insuficiência Cardíaca, doença caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para atender às demandas do organismo.

“Trata-se de uma doença muito limitante. Mais de 50% dos casos de insuficiência cardíaca são causados pela isquemia”Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790). 

Pacientes com Insuficiência cardíaca costumam apresentar falta de ar, grande dificuldade para realizar esforços físicos e baixa qualidade de vida. 

Prevenção da Doença Coronariana

Para reduzir a mortalidade e as sequelas provocadas pela doença coronariana, prevenção é fundamental. A adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de exercícios físicos pode ajudar a evitar eventos graves e reduzir os seus impactos sobre a qualidade de vida das pessoas.

Além disso, é muito importante realizar o acompanhamento periódico com o médico cardiologista.

“O médico cardiologista poderá realizar uma série de exames e avaliações para determinar qual o risco que o paciente tem de desenvolver doença coronariana no futuro. E, dependendo dos resultados, traçar estratégias de prevenção, que podem envolver inclusive o uso de medicamentos para a pressão e para o controle do colesterol”  – Daniel Medeiros Moreira, Médico Cardiologista (CRM-SC 11708 RQE 7790).

Caso algum evento cardíaco aconteça, é fundamental procurar o atendimento médico o quanto antes. Lembre-se: tempo é músculo. Quanto mais tempo uma pessoa leva para ser atendida durante uma situação de infarto, mais músculo cardíaco morre e pior a situação do paciente.

Sobre o autor:

Daniel Medeiros Moreira (CRM-SC 11708 RQE 7790) é Médico Cardiologista. Concluiu graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2004, com mérito por melhor desempenho acadêmico. É especialista em Medicina Interna pelo Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani São Thiago (HU-UFSC), especialista em Cardiologia pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC-FUC) e em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Mestre e Doutor em Ciências da Saúde: Cardiologia, pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC-FUC). Atualmente, é Cardiologista do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC), professor das disciplinas de Semiologia I, Semiologia II e Sistema Cardiorrespiratório na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Diretor de Qualidade Assistencial da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Seção Santa Catarina (SBC/SC). Atua com pesquisa em diferentes tópicos, dentre os quais, Inflamação, Síndrome Coronariana Aguda, Insuficiência Cardíaca e Música em pacientes com cardiopatias.

 

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Estenose Aórtica: causas, sintomas e tratamento

Estenose Aórtica: causas, sintomas e tratamento

Algumas doenças são capazes de afetar gravemente o equilíbrio do sistema circulatório. E a Estenose Aórtica é uma delas. Essa disfunção faz com que o sangue fique represado dentro das câmaras do coração, prejudicando gravemente o funcionamento do órgão. Assim como nas insuficiências valvares, a estenose também pode levar ao edema pulmonar (aqui mais comum) e à insuficiência cardíaca.

Sintomas da Estenose Aórtica

Entre os sintomas da Estenose Aórtica, podemos citar:

  • Intolerância a exercícios físicos (inclusive aos que eram habituais);
  • Dor no peito (angina);
  • Falta de ar (dispnéia);
  • Desmaios (síncopes);

“A  Estenose Aórtica sintomática costuma ter uma evolução muito ruim. No geral, os pacientes que têm os sintomas e não são tratados possuem uma expectativa de vida de apenas 2 a 3 anos. No entanto, dependendo do caso, mesmo na Estenose Aórtica sem sintomas, o risco de morte súbita pode ser alto.”  – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular (CRM 4370 / RQE 5893).

Avanços no Tratamento

Antigamente, pacientes idosos, em situações de gravidade ou de alto risco cirúrgico não tinham a possibilidade de tratar definitivamente a Estenose Aórtica. Assim, eram encaminhados para os cuidados clínicos. A insuficiência cardíaca, decorrente da doença, fazia com as pessoas perdessem qualidade e tempo de vida.

Hoje, a situação é diferente. O avanço tecnológico e científico permite realizar o implante de válvula aórtica mesmo em pacientes idosos e/ou de relativa gravidade. A técnica cirúrgica (a mais segura na maior parte dos casos), modernizou-se, e oferece opções menos agressivas, com incisões menores e menos tempo de Circulação Extracorpórea (CEC). Junto a isso, a modalidade de implante percutânea (Implante de TAVI), também demonstra ótimos resultados – e pode atender pacientes não indicados para a cirurgia.

Novo Ebook: Estenose Aórtica: causas, sintomas e tratamento

Mesmo com todo os avanços nas formas de tratamento, ainda hoje, nos Estados Unidos, cerca de 30% dos pacientes com Estenose Aórtica – sintomático e assintomáticos – não são tratados. A tendência é que nos próximos anos essa população possa aderir aos tratamentos para a Estenose Aórtica e ganhe longevidade.

Para que você também possa desfrutar de todos os progressos científicos e tecnológicos da cardiologia nessa área, a equipe Seu Cardio preparou um material especial. No Ebook “Estenose Aórtica: causas, sintomas e tratamento”, você vai compreender como essa doença se manifesta e conhecer diferentes tipos de próteses e tratamentos. Os principais temas abordados são:

  • Como identificar a Estenose Aórtica
  • Causas 
  • Sintomas 
  • Riscos 
  • Diagnóstico
  • Opções de Tratamento 

O material foi elaborado pela equipe de Cirurgia Cardiovascular Seu Cardio, de Florianópolis/SC. É gratuito e está disponível para download no botão abaixo:

Botão CTA para download do ebook sobre causas, sintomas e opções de tratamento para estenose aórtica, produzido pela equipe Seu Cardio, de cirurgia cardiovascular.

Esperamos que aproveite a leitura! Lembramos que as informações do Ebook Estenose aórtica: causas, sintomas e tratamento são de caráter meramente informativo e não substituem as orientações do seu médico.

 

Como identificar a Estenose Aórtica

Como identificar a Estenose Aórtica

Trata-se de uma das doenças mais comuns do coração. A Estenose Aórtica ocorre quando a Valva Aórtica,  por um processo degenerativo, torna-se enrijecida, calcificada. Esse processo leva à uma diminuição de seu orifício efetivo e, assim, gera uma obstrução ao sangue que é ejetado pelo coração.

estenose aorticaA doença é caracterizada pela calcificação, enrijecimento e até fusão dos folhetos que compõem a Válvula Aórtica. Os folhetos são as estruturas que determinam a competência da valva e fazem com que o sangue flua somente em um sentido, do coração para a aorta. Eles impedem que o sangue reflua para dentro do coração.No entanto, a Estenose Aórtica impede a válvula de abrir corretamente, reduzindo o espaço por onde o sangue deve passar. Isso faz com que o coração precise trabalhar com maior sobrecarga para bombear a quantidade de sangue necessária para o organismo.

“A Estenose Aórtica é uma doença que tem evolução gradativa e está diretamente associada com a hipertrofia do músculo cardíaco. No início, essas adaptações podem ajudar a bombear sangue com mais força, para vencer a resistência provocada pela estenose. Mas, com o tempo, a tendência é que o quadro evolua para a Insuficiência Cardíaca.”  –  Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardovascular (CRM 4370 / RQE 5893).

Causas da Estenose Aórtica

No geral, a Estenose Aórtica é provocada por:

  • Doenças degenerativas: Especialmente em pacientes idosos, pelo acúmulo de cálcio na válvula aórtica ao longo dos anos.
  • Doença reumática: Doença que costuma acometer o aparelho locomotor (ossos, cartilagens, articulações, músculos e etc), mas que também podem comprometer órgãos como rins, pulmões, intestino e coração. A doença reumática costumavam ser a principal causa de estenose aórtica em pacientes jovens. O fator causal inicial esteve muito relacionado a amigdalites de repetição, que levam ao aparecimento da doença reumática. No entanto, o número desses casos tem caído consideravelmente.
  • Anomalias congênitas: Tratam-se de variações anatômicas que não são, por si só, consideradas doenças. Estudos identificaram que pessoas que nascem com apenas 2 folhetos na Válvula Aórtica (o mais comum são 3), estão mais suscetíveis à doença.

Sintomas da Estenose Aórtica

Os pacientes com Estenose Aórtica podem passar por longos períodos sem perceber os sintomas da doença. Porém, isso pode ser muito perigoso, já que pode acarretar em risco de morte súbita.

Normalmente, um dos sintomas mais comuns é a tolerância cada vez menor ao exercício. Os pacientes com Estenose Aórtica passam a tolerar menos a prática de atividades físicas a que estavam habituados. No entanto, muitas pessoas atribuem essa perda de capacidade à idade ou ao sedentarismo. Por isso, as consultas médicas periódicas são tão importantes.

“O médico precisa conhecer o histórico do paciente. A primeira vista, uma pessoa com 68 anos e que caminha 2km por dia pode ser considerada assintomática. No entanto, se essa pessoa costumava, até pouco tempo atrás, caminhar 4 ou 5 km, a redução pode significar alguma irregularidade e precisa ser investigada.” Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular (CRM 4370 / RQE 5893).

Além da intolerância à exercícios habituais, a Estenose Aórtica costuma provocar os seguintes sintomas::

  • Dor no peito (angina);
  • Falta de ar (dispnéia);
  • Desmaios (síncopes);

Riscos da Estenose Aórtica

A ocorrência de um ou mais dos sintomas vistos acima pode indicar que a doença está em estado avançado. Como oferece risco de morte súbita, a Estenose Aórtica precisa ser investigada imediatamente.

“A  Estenose Aórtica sintomática costuma ter uma evolução muito ruim. No geral, os pacientes que têm os sintomas e não são tratados possuem uma expectativa de vida de apenas 2 a 3 anos. No entanto, dependendo do caso, mesmo na Estenose Aórtica sem sintomas o risco de morte súbita pode ser alto.”  – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular (CRM 4370 / RQE 5893).

Diagnóstico

O Ecocardiograma é o exame mais adequado para o diagnóstico da Estenose Aórtica e deve fazer parte dos cuidados de rotina com o seu coração. No entanto, alguns outros métodos, como eletrocardiograma, testes ergométricos, ressonância magnética e até radiografia de tórax podem indicar a doença.

Muitos pacientes sem sintomas identificam a Estenose Aórtica em exames de rotina, como o check up cardiológico. Para identificar a doença ainda nas fases iniciais, e ter maiores possibilidades de tratamento, é importante consultar o seu cardiologista de forma periódica. Caso algum dos sintomas citados acima venha aparecer, procure ajuda imediatamente.

Tratamento da Estenose Aórtica

O tratamento da Estenose Aórtica é uma das áreas em maior desenvolvimento na Cardiologia. Através da cirurgia cardíaca, é possível realizar troca da válvula aórtica por uma prótese – mecânica ou biológica. Atualmente, existem várias técnicas cirúrgicas, inclusive com mini-incisão. Temos um post aqui sobre o tema

“A plastia representa o reparo da válvula do paciente, sendo rarissimamente indicada nos casos de Estenose Aórtica reumática ou degenerativa. A abordagem é definida caso a caso, de acordo com as necessidades e características de cada pessoa.” – Dr. Sergio Lima de Almeida, Cirurgião Cardiovascular (CRM 4370 / RQE 5893).

Priorize a sua saúde. Consulte seu cardiologista com frequência e fique atento aos sintomas da Estenose Aórtica.

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Estresse como Fator de Risco para o Coração

Estresse como Fator de Risco para o Coração

Estresse como Fator de Risco para o Coração – Por Dr. Jamil Cherem Schneider – CRM/SC 3151 RQE 2874*

Estresse é sinônimo de desequilíbrio. Ele acontece quando um indivíduo precisa suprir alguma demanda (física e / ou psicológica), acima da sua capacidade. Essa falha, e todo transtorno gerado por ela, pode ter consequências graves para o coração. Especialmente quando o estresse acontece de forma contínua. (mais…)