Estatinas no Combate às Doenças do Coração

Estatinas no Combate às Doenças do Coração

Estatinas no Combate às Doenças do Coração – Por Dr. Jamil Cherem Schneider – CRM/SC 3151 RQE 2874*

Já foi provado pela ciência que o colesterol está diretamente relacionado com as doenças cardiovasculares. Quanto maior a concentração de LDL (colesterol ruim), e menor a de HDL (colesterol bom), maiores as chances de desenvolver doença aterosclerótica – causa de doença arterial coronária com risco aumentado de desenvolver infarto do miocárdio ou morte súbita. Para evitar isso, especialmente nos casos de alto risco, o tratamento com estatinas, associado à adoção de hábitos saudáveis, é amplamente recomendado. (mais…)

Como evitar a UTI e reduzir o tempo de internação

Como evitar a UTI e reduzir o tempo de internação

 

Convidamos a Dra. Andréia Dias de Azevedo* (CRM-SC 11762), Intensivista e Clínica Geral, para falar sobre UTI. Saiba como o próprio paciente pode contribuir para evitar a UTI ou reduzir o tempo de internação nesta unidade. Boa leitura!

Como evitar a UTI e reduzir o tempo de internação

Muitos pacientes querem evitar a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Eles ainda associam esta unidade com a proximidade da morte. Uma ideia completamente equivocada. Nas últimas décadas, graças à especialização dos profissionais e das novas tecnologias, pode-se dizer com segurança que a UTI salva vidas. Nossa experiência mostra que a maioria absoluta dos pacientes clínicos graves se recupera graças ao atendimento prestado na UTI. O índice de mortalidade é muito baixo. (mais…)

Riscos da Cirurgia Cardíaca

Riscos da Cirurgia Cardíaca

Doenças do coração são as que mais fazem vítimas no Brasil e no mundo. Apesar do número crescente de mortes e das graves consequências que elas podem trazer, os riscos e complicações da cirurgia cardíaca ainda despertam mais preocupação nos pacientes do que a própria doença. Talvez, essa reação se explique porque, diferente da doença, a cirurgia cardíaca, como outras, é um “risco com hora marcada”.

Riscos da Cirurgia Cardíaca

Riscos e complicações estão associados a qualquer cirurgia, incluindo a cirurgia cardíaca. No entanto, estes riscos são considerados menores se comparados àqueles da própria doença do paciente.

Em alguns casos, na doença coronariana, o paciente tem risco de morte súbita, aquela sem aviso prévio, sem sinais e sintomas importantes. O mesmo se aplica aos casos de aneurisma de aorta. Muitas pessoas, com diagnóstico do problema e com indicação de cirurgia postergam o procedimento, com medo. No entanto, o rompimento de um aneurisma da aorta é extremamente grave e pode ser fatal. Quantificar esse risco e conviver com a doença é extremamente difícil e delicado.

Muitas vezes, as pessoas associam o risco da cirurgia ao medo da anestesia geral. No entanto, a anestesia geral evoluiu muito ao longo dos anos e é, atualmente, muito segura. Técnicas modernas, consulta pré-anestésica e recursos de monitoramento contínuo do paciente eliminam a imagem do passado.

Diante da indicação de uma cirurgia cardíaca, quanto mais precoce o procedimento for realizado, melhor. Uma cirurgia bem planejada é mais segura, assim como também é melhor o prognóstico do paciente. Caso contrário, quando o procedimento é postergado, complicações e sequelas inerentes à própria doença poderão surgir. O estado de saúde do paciente pode se agravar e, com isso, os riscos durante a cirurgia cardíaca também aumentam.

Fatores Agravantes na Cirurgia

Entre os fatores que contribuem para o risco da cirurgia cardíaca, o principal é a qualidade da contratilidade do coração. Ou seja, a força com que o órgão contrai. Se o coração contrai mal, a cirurgia tem mais riscos. Se contrai bem, tem menos. Por isso, o ecocardiograma é geralmente solicitado na rotina pré-operatória da cirurgia cardíaca. É o exame indicado para avaliar o movimento e a contratilidade do coração.

Um ponto interessante e que vale a pena ser ressaltado é que o número de pontes não significa gravidade ou risco cirúrgico. Assim, em uma cirurgia de revascularização do miocárdio, um paciente que recebeu 5 pontes não é necessariamente mais grave do que outro com 2 pontes. A gravidade e o risco da cirurgia cardíaca independem da quantidade de pontes. 

Quando à idade, isoladamente não é fator de risco para a cirurgia cardíaca. Pacientes jovens, adultos ou idosos não tem na idade um fator de maior ou de menor risco cirúrgico. Porém, a condição de saúde geral do paciente sim, essa é determinante. Se o paciente apresenta doenças associadas, como diabetes, disfunção renal, disfunção respiratória ou disfunção cerebral, por exemplo, o risco cirúrgico aumenta. E, nesses casos, tanto o risco de complicações quanto de morte.

Percepção sobre o Risco da Cirurgia Cardíaca

Inovações nas técnicas cirúrgicas, nos recursos e nos cuidados pré e pós-operatórios contribuíram muito com o sucesso das cirurgias cardiovasculares. Antigamente, as cirurgias cardíacas eram consideradas de alto risco. Hoje, não é mais assim. 

Os riscos da cirurgia cardíaca são baixos, apesar de variarem de acordo com a condição de saúde geral de cada paciente. A mortalidade da cirurgia de revascularização do miocárdio é de cerca de 1,4%.

No entanto, devemos ter sempre em mente a avaliação entre o risco da doença e o risco do procedimento. Por exemplo: se determinado paciente apresenta risco de 50% a 70% de mortalidade cirúrgica, é porque a sua doença apresenta 100% de risco. Ao contrário, quando os riscos são maiores que os da própria doença, a cirurgia não possui indicação.

Além disso, com o avanço de procedimentos por mini-incisão ou mesmo endovasculares, a percepção geral é de que, quanto menor a incisão, menor o risco. Isso nem sempre é verdadeiro. Cada abordagem deve ser analisada de acordo com cada caso. Por vezes, mesmo com maior incisão, a cirurgia cardíaca convencional é o tratamento de escolha. Em outros casos, a mini-incisão pode ser utilizada com segurança. Assim, é fundamental avaliar cada paciente de forma individualizada.

Cada paciente é único. Por isso, avaliar a doença que ele apresenta e seu estado geral são os meios mais seguros de quantificar os riscos da cirurgia cardíaca.

Leia mais sobre os riscos da cirurgia cardíaca no post: Riscos de Infecção na Cirurgia Cardíaca.

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Corrida e coração: cuidados e orientações

Corrida e coração: cuidados e orientações

Por Dr. Rafael Kuhnen (CRM-SC 6716 RQE 2959), Cardiologista Clínico e Maratonista

Da sensação de liberdade à prática em grupo, a corrida de rua ganha adeptos por todo o Brasil. Cada vez mais pessoas tem procurado essa prática prazeirosa e econômica. Afinal, pode ser realizada em qualquer lugar e a qualquer hora. Mas, para começar, é preciso ter certos cuidados. Estar com a saúde em dia é fundamental para que os praticantes não sobrecarreguem o coração. Saiba como evitar um mal estar ou evento mais grave durante a realização dessa atividade. (mais…)